terça-feira, 14 de julho de 2009

Vôo livre em Marília


Pouca gente se deu conta mas aqui na cidade temos os praticantes do vôo livre e também do vôo com motor. Parece um para-quedas, mas não é. Parapent ou Paraglider é o nome desta grande lona colorida que permite ao esportista alçar vôos altos e ter uma visão privilegiada da paisagem.

Postei no Google Map algumas fotos das pistas de decolagem que as equipes utilizam; uma lá no Jardim Lavínea, na boca do vale e outra ao lado do bosque, próximo ao aeroporto, num terreno grande que permite uma bela vista da cidade.

Para voar é preciso que as condições do tempo ajudem e tudo depende do vento. A partir da medição da velocidade e da direção, é que eles escolhem a melhor pista para decolagem. Antes porém, uma boa observação do céu ajuda a entender as mensagens que estão impressas na paisagem para a garantia de um lazer mais seguro.

A posição das nuvens, o formato, a movimentação das folhas nas árvores mais altas e até os urubus voando em circulo sobre uma determinada área são sinais de que há boas térmicas.

As térmicas são ondas de ar quente que sobem para a atmosfera e ajudam muito o praticante de vôo livre a conquistar mais altura, garantindo maior tempo de permanência no ar. Os planadores, aqueles aviões sem motor, quando voam também utilizam o mesmo mecanismo de sustentação e geralmente o avião reboque (comum nas tardes de domingo) os liberam nas áreas em que as térmicas são mais intensas.

As duas cordas que o piloto do parapent tem nas mãos são os instrumentos que dão direção na lona, usando os recursos de puxar ou soltar as pontas. A cadeira de sustentação do corpo é presa por cordinhas que estão ligadas na vela e quando a asa possui motor, como na foto que está ilustrando o blog, o acelerador (igual ao de motoclicleta) vai em uma das mãos do condutor, sendo que o motor está preso na parte posterior da cadeira.

O bom disso tudo é o trabalho de equipe que antecede todo vôo e que também dá suporte para os praticantes. Abrir o equipamento no chão, verificar as cordas e conexões, ajustar o giro do motor, segurar a vela enquanto o piloto aguarda uma boa brisa para dar início a decolagem, são algumas tarefas compartilhadas.

São momentos mágicos de vida saudável, de observação do céu e de contato com as forças da natureza, de sentir o vento no rosto, de curtir o colorido da asa no céu azul e, no final de tarde, a possibilidade de fotos incríveis com a ajuda do por do sol.

Na próxima oportunidade passe por lá e vá conhecer o Betão, o Morango, o Fernandinho, o Carlão, o Luiz (na foto acima em seu primeiro vôo), a Silvia (esposa do Betão), entre outros, uma turma de alto astral e sempre de bem com a vida.

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