domingo, 23 de agosto de 2009

Tempo de semar



Passei a frequentar o bosque de Marília com maior frequência.
Esta rotina diária está me permitindo novas experiências e também a oportunidade de novas fotos. No início era só a caminhada, olhando tudo em volta, sentido os aromas e aspirando toda a energia que provêm da mata.
Aos poucos a gente vai se acostumando com os trechos e sabe que dali a alguns instantes vai sentir aquele cheiro bom do alecrim, das flores dos eucaliptos, do pau-dalho, do fedegoso e de outras espécies que eu não conheço pelo nome .
Aliás, vou propor ao amigo Valtinho que numa destas manhas faça uma caminhada no bosque. Isto mesmo, juntamos alguns amigos (já está feito o convite neste momento), partiremos defronte a grande cabana e durante o percurso será um grande prazer ir ouvindo as anotações do experiente amigo.
Com as insistentes chuvas destes dias as alamedas do bosque são atravessadas pelas enxurradas e toda aquela forração que normalmente fica debaixo das árvores é movimentada com a forças das águas. A cada manhã tem novidade pelo asfalto.
Notei nestes dias que as sementes de várias árvores estão espalhadas por vários locais. Já comentei com alguns amigos que eu tenho uma certa apreciação pelas sementes em geral justamente porque todas elas guardam um certo mistério.
A da foto acima, por exemplo, é a semente de um Jequitibá. Quem conhece a espécie sabe que é árvore de grande porte, majestosa por natureza, madeira nobre e que se destaca em qualquer reserva de mata. Ta tudo ali guardadinho naquela embalagem.
Mas tem também as sementes de jatobá, de pau ferro (parece um fígado), uma outra que se parece com uma asa de passarinho e que vem acomodada dentro de uma enorme concha e a dos ipês que caem quando as vargens compridas se abrem com o calor do sol.
Bem, o que eu estou querendo dizer é que o bosque é um lugar fantástico para se passear, para se fazer boas caminhadas, para pesquisa científica, para conhecer uma variedade enorme de espécies de árvores, para encher os pulmões com medicamentos naturais que são exalados pelas plantas no processo de fotossíntese e até para conhecer pessoas que gostam deste contato mais próximo com a natureza.
Fica a sugestão.

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