sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Cascata pode ser uma boa opção para o turismo


Tempo de férias e a busca por alternativas para preencher o precioso tempo disponível é grande. Caminhadas na Esmeralda, academias, barzinhos e restaurantes. Alguns viajam. Mas seria bom se tivéssemos mais opções de lazer em meio a natureza.
Foi numa roda de amigos, durante conversa animada de festejos de final de ano, que alguém me perguntou sobre as possibilidades do turismo na fazenda Cascata, uma das fontes de abastecimento de água da cidade. Disse que não conheço bem a relação contratual entre o município e a propriedade privada. Ao que consta, há um contrato de comodato para o abastecimento de água potável entre os proprietários e o município.
Por isso mesmo, toda e qualquer iniciativa deve, antes de tudo, passar pelo crivo jurídico para depois serem feitos estudos de viabilidade, não esquecendo a regra número um da sustentabilidade do meio, em todos os níveis.
Preservar as nascentes é o primeiro passo. A principal fica no lado oposto da cabeceira. Já houve uma ação de plantio de árvores na área. Não adiantou muito; num destes grandes incêndios que ocorrem inevitavelmente todos os anos, talvez causados por “pe(s)cadores”, as mudas não resistiram
Na época da seca, é possível ver que apenas dois fluxos de água, minguados, mas contínuos, ainda dão um fôlego de vida para que o terreno não fique totalmente árido. É neste período que podemos observar de onde vêm os pequenos veios de água.
Outro dia, conversando com uma pessoa que trabalha no local, aprendi muito sobre o sistema de abastecimento da Cascata e também sobre a rede de esgoto que passa pela mesma área. Foi ela também quem me deu as dicas sobre as nascentes menores, mas não menos importantes para o manancial.
Chegamos a um acordo de que falta uma política de manutenção preventiva e a constante preocupação com a preservação das nascentes. Desculpem-me se sou repetitivo.
Em minha opinião, é preciso (urgente) uma nova ação de retirada da lama e da areia que invadiram o leito principal da represa, com utilização de dragas e equipamento próprios. Após isso, fazer o assentamento de pedras nas laterais para evitar que a terra volte a escorrer. A prefeitura pode apresentar projeto desta natureza para buscar recursos em órgãos de financiamento e fomento à preservação do meio ambiente
Poderia até se pensar em deixar as bordas, em toda sua extensão, coisa de 1,5 metro mais alta, instalando canais para o correto escoamento de água de chuva, minimizando o impacto da correnteza natural. Isto se resolve com tecnologia própria que já se aplica nas encostas das estradas.
O passo seguinte seria o repovoamento da represa, com espécies de peixe de pequeno porte e o plantio de árvores em toda a área em torno do lago; árvores frutíferas e ornamentais. Isso contribuiria para a alimentação da fauna que habita a região e a formação de raízes para sustentação do solo.
Na parte oeste da represa, ainda poderíamos pensar em instalar um posto avançado da polícia ambiental, construído com madeira tratada e.legalmente extraída e com instalações sanitárias que atendam às normas de preservação do meio ambiente.
Tudo isso já seria um passo para tornar o turismo viável naquele local, sem corrermos o risco de maior degradação da área. As pessoas poderiam continuar visitando a represa e fazer caminhadas com maior segurança, poderiam pescar, praticar canoagem, promover a observação e fotografia das espécies nativas e ainda atividades esportivas devidamente orientadas Turismo e educação ambiental são bons aliados no desenvolvimento das comunidades.
Para o público de final de semana, os sanitários podem ser do modelo químico que já utilizamos nas feiras e eventos.
Tudo é possível sim. O evento “Domingo no Bosque” é um exemplo de que dá para se promover o turismo cultural aliado ao turismo de lazer com a participação das famílias. Com a efetiva parceria do poder público municipal com o estadual, mais a participação de ONGs e associações, temos uma força produtiva e pensante que pode gerar excelentes sugestões e alternativas.
Faltam opções para a nossa comunidade, mas não faltam recursos naturais que podem ser melhor aproveitados. Na região de Marília, temos os Itambés, temos ventos favoráveis e encostas para a prática de esportes radicais, e temos a Cascata, entre outras tantas opções.
Está aí uma proposta de discussão para o novo ano que se inicia.

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