domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um brilho sobre o batom


Todo passeio fotográfico tem inúmeras vantagens, dentre elas, a alegria de rever e conviver com amigos que gostamos e hoje, em especial, o prazer de conhecer o Alfio.

Como não poderia deixar de ser, ele é bom italiano, falador e cheio de assuntos que dariam para compor um belo livro, de imagens e de histórias que ele colecionou viajando o mundo.

Diferente de mim, Alfio tem técnica apurada, se preocupa nos detalhes e seu prazer está em retratar pessoas buscando expressões fortes. Brinco que ele deve ter lido e se inspirado nos profissionais da National Geografic, seus trabalhos estão muito próximos e ricos em detalhes. Vale você conferir os links que ele passou no e-mail anterior.

E foi por isso mesmo que saímos pelas ruas da cidade em busca de rostos. Só para relembrar, o convite e a sugestão partiu da Wilza Matos, nossa companheira de jornada, porta-voz da Dra. Adriana (OAB Marília) que pediu um ensaio e futura mostra sobre as mulheres para o mês de março.



Partimos do saguão da prefeitura rumo ao Mercadão, seguindo pela av. Sampaio Vidal onde já tivemos os primeiros clics, ainda tímidos. Quando se trata de fotografar pessoas não é algo tão fácil assim; primeiro porque o ideal é que elas não percebam a lente capturando o instante e, quase sempre dá-se o contrário, aí é hora de usar da criatividade e da simpatia.



No Mercadão o colorido das flores, e o tacho de pastéis fritando, foram panos de fundo para sorrisos e silhuetas que se portaram não tão a vontade assim. Interessante é que algumas pessoas sentem-se muito bem quando são miradas, fazem poses, bocas e sorrisos e o bom é que encontramos gente assim por lá também.



Próximo destino, a feira-livre na Sampaio Vidal. Só a chegada dos lambe-lambes já causou um certo clima, afinal, câmeras, objetivas e para-sol formam um conjunto que não tem como esconder ou disfarçar.

E lá fomos nós descobrir novos olhares e expressões das mulheres em meio as barracas, frutas e verduras. Mundo rico, daria para ficar ali umas tantas horas.



Andiamo via e novo destino – a maternidade Gota de Leite, onde fomos recebidos de forma muito simpática pela enfermeira chefe Carol. Explicamos a natureza do trabalho e ela se prontificou em nos acompanhar pelos corredores e quartos.

Com muito cuidado fomos registrando as novas mamães amamentando seus bebes e também as gestantes que estavam em trabalho de parto. Ao que indica, as melhores fotos para a exposição vão sair desta sessão.



Alfio, Wilza, foi um prazer compartilhar a manhã com vocês dois. Aos amigos do Fotoclube continua valendo o convite para reunirem suas imagens sobre mulheres e participar da futura exposição na OAB.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Batuque na cozinha, sinhá num qué...


Não Consegui ficar no meu canto e deixar as coisas como estão. Cada vez que passo em frente ao grande cartaz fico indignado, inconformado, sinto os pelos do braço eriçarem de raive (ou réiva como diz o caboclo).Temos mais de 220.000 habitantes, temos aeroporto, temos orçamento maior que outras cidades, comércio e indústria pujantes, agenda de eventos e turismo de negócios muito ativa, mas a Gol parou em Bauru (e vem botar um cartaz no meu quintal).
Pura provocação, só pode ser.
Não sei quem é que mexe os pausinhos “lá em cima” para que tenhamos que passar por este dissabor comercial. Definitivamente, Marília incomoda há muitos, só pode ser isso.
Deixo aqui os meus protestos, quero passagem igual a de Bauru, em Marília, quero que nossos vereadores opinem sobre o assunto, quero comitiva no gabinete da Diretoria da Gol, quero saber porque lá e, não aqui.
Há tempos, quando nos sentimos esquecidos pelo governo, juntamos grupo de empresários que na época se reuniam sob a bandeira do GEAD – Grupo de Apoio ao Desenvolvimento de Marília e fomos ao Gabinete do Governador do Estado pedir a duplicação da Marília – Bauru. A pedido dos colegas, elaborei o selo da campanha da duplicação e distribuímos por toda Marília.
Depois, combinamos e fechamos a estrada Marília-Bauru por 40 minutos, com caminhões que portavam faixas fazendo o pedido ao governador da época, com cobertura da grande imprensa e, claro, com um grande congestionamento que incomodou há muitos. Tudo na ordem e pela ordem, deu resultado.
Os selos eram exibidos nos pára-choques e nos vidros traseiros dos veículos que circulavam pelo Brasil todo. Demorou, mas a duplicação da rodovia está quase no fim e, segundo o vice-governador, acaba em abril.
Vamos nos mexer gente de Marília, se ficamos quietos, outros vão passando e recuperar o tempo perdido custa.
A Fotoquefala põe a boca no trombone e canta Martinho da Vila para protestar.