sábado, 18 de junho de 2011

Verde que te quero ver

É este o nome da exposição que esta montada no Univem e que já recebeu mais de 5.000 visitantes, contando com alunos da própria instituição e também de escolas convidadas. Geralmente são dois ônibus por dia, trazendo alunos do ensino fundamental para conhecer os cenários especialmente montados com o tema sustentabilidade.
Esta exposição está diferente das outras já realizadas. Claro que o amigo leitor

já deve ter deduzido que uma nunca é igual a anterior, mas o diferente que digo aqui é noutro sentido. A exposição de ser só nossa, ganhou colaboradores que simpatizaram com a idéia e trouxeram objetos e idéias para enriquecer a temática.
Destaco a bolsa/sacola feita com caixinha de leite descartável. Ficou chique demais.
Foi a jornalista e amiga Célia Ribeiro que teve a iniciativa de trazer a ecobolsa feita com caixinha de leite Hercules. Ela escreve sobre sustentabilidade todos os domingos no Jornal Correio Mariliense e em uma de suas reportagens descobriu estas sacolas. Descobriu também que a primeira parte da bobina de embalagem de caixinha de leite era descartada por questões de esterilização para receber o leite. É com este material que as sacolas são feitas e agora não se joga mais fora aquele mundo de papel.
Mas a postagem de hoje não é para falar só da exposição não. Aproveitei o tema para entrar num assunto que circulou pelos jornais da cidade – o anúncio do corte de mais de 80 pinheiros plantados na Fazenda Cascata há muitos anos.
Moro bem pertinho da rua Cincinatina e desta imensa cortina verde que aparece na foto, vai ser muito chato ficar sem eles e sem toda a fauna que é atraída pelos benefícios da sua existência. Não dão flores, não dão frutos, mas exalam um aroma especial quando vem chuva.
Se você tiver tempo de para por perto e afinar os ouvidos, vai descobrir a música que toca por entre a folhagem que balouça ao toque dos ventos. Vai descobrir também que no alto de um deles mora um casal de gaviões que já tirou várias ninhadas entre primaveras e outonos dos anos passados.
Parei por lá hoje e fiquei um tempo andando pela redondeza para sacar algumas fotos. A notícia sobre o corte não caiu bem nos ouvidos vizinhos da propriedade.
Somos minha voz a de muitas outras pessoas que dizem: Verde que te quero ver. Já se foram os eucaliptos, alguns flamboyants, primaveras, a mata em torno da represa, os cafezais e os pardais. Chega né!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Marina e(m) Marília


Marina Silva esteve em Marília nesta sexta-feira, veio participar de um encontro com empresários e empreendedores, tendo como centro da conversa a ética e a responsabilidade na condução dos negócios. Não foi um encontro político, foi uma reunião de amigos.
Tive a oportunidade de acompanhar a coletiva de imprensa que ela deu no Hotel Max, logo no período da manhã. Conhecia a Marina da TV, dos jornais e das rádios, aquela Marina que lutou bravamente para tentar chegar ao maior posto político do país.
Ao vivo as impressões são sempre melhores. Encontramos uma pessoa muito calma, ponderada nas palavras, porém contundente nos seus posicionamentos quando o assunto é sustentabilidade e preservação da vida.
Foi sabatinada pelos repórteres presentes quanto a aprovação do novo código florestal pelo congresso. Foi firme nas respostas e dentre elas , guardei esta frase: “É preciso tomar muito cuidado para não retrocedermos na questão da sustentabilidade em nome de uma grande necessidade de produção de alimentos.Caminhamos muito nesta questão até aqui, mas neste momento outros interesses estão em jogo e cabe a todos nós, cidadãos brasileiros, ficarmos atentos à condição deste tema em Brasília”, alertou.
Ela é diferente. Foi esta a impressão que trouxe comigo deste encontro de hoje.
Diferente na postura, na conduta, no trato com a imprensa, no modo de falar e de por suas idéias sobre a mesa. Foi pena não ter vindo antes da eleição, certamente conquistaria muitos simpatizantes.
Fechando: “eu não posso ficar eternamente candidata ao cargo, tenho um compromisso com algumas causas que não podem esperar eleição para serem resolvidas, vou seguir meu caminho. Hoje mesmo, antes de embarcar para Marília, recebi a notícia de que mataram mais uma pessoa no Pará. Está claro que aqueles que ficam no caminho dos interesses estão sendo apagados da história, e eles precisam de ajuda”. Falou.