segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pianos branos

Se não estou enganado, foi no mês de julho deste ano que a cidade de Nova York instalou 70 pianos em locais públicos. Isso mesmo, 70 pianos, nas praças e em outros locais de grande circulação de pessoas, uma isca, um chamariz para os amantes da boa música.
Ao passar pelo local, quem tivesse vontade e soubesse tocar, poderia sentar-se e dar uma mostra do talento. Foi pura provocação, afinal, um piano em praça pública é um convite dos melhores para fazer com que as pessoas parem um pouco na sua correria diária e mudem a sintonia.
Marília não tem pianos, mas tem ipês brancos.
Quem passou hoje pelo centro da cidade viu. Na praça Saturnino de Brito, no jardim da prefeitura, bem ao lado dos mastros das bandeiras oficiais, na frente da biblioteca e do Museu de Paleontologia, e também no jardim da Igreja Nossa Senhora da Gloria. Ficou tudo branco.
Não tem como não notar, o reflexo das flores interferiu nas cores urbanas de tal forma que transformou o cenário local em um grande espetáculo a céu aberto.
E não é que apareceu um tocador de piano no meio disso tudo ! Eu estava parado no semáforo, envolvido pela música branca, quando notei, debaixo da grande seringueira da Praça o "tocador de piano".
Na batida ligeira do olhar, foram o chapéu e a barba do personagem que me prenderam a atenção trouxeram a lembrança do ilustre Santos Dumont. Depois notei que sobre seu colo havia uma espécie de maleta, de onde se erguia um pequeno cavalete para dar suporte a uma tela de pintura. De camisa branca, mais parecia um personagem saído das páginas de um livro de histórias infantis, ou talvez da capa do CD da Ênia, vestindo calça social e de pernas cruzadas à moda dos antigos cavalheiros.
Olhava para os ipês da prefeitura e depositava na pequena tela os traços captados pela mente absorta; absorta sim, mas focada na poesia da florada branca.
Tocava piano com o pincel e as notas musicais iam se espalhando pela praça, ajudada pelo vento forte que soprava as folhas secas, dando notas de mais uma mudança no clima.
E a foto? - Não fiz, tudo foi muito rápido e até sacar a Nikon, da bolsa escondida entre o banco da frente e o dos passageiros, o semáforo abriu, e um motorista que estava logo atrás, disparou a buzina. Ele não ouviu a música, acho que foi isso.
Ivan Evangelista Jr
afoquefala

* A cena é tão inusitada para uma segunda-feira, que no retorno do horário do almoço eu vi equipes de reportagens presente na praça registrando o fato.
A fotoquefala antecipou o assunto. Amanhã, veremos a matéria nos jornais, e quem sabe, ainda hoje, no SP TV ou na Tv Record.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Novo poço profundo na Cascata


A torre metálica, vista lá da av. das Esmeraldas, me chamou a atenção para o vale da Cascata.
Conheço bem a região, fotografo por ali com certa regularidade e não havia notado a presença da tal torre. A primeira idéia que me veio foi a instalação de mais uma antena repetidora para celular, mas ali, na baixada da Cascata, estava estranho demais.
A Fotoquefala não pode ficar na dúvida e fui até conferir de perto. Encontrei na verdade uma bela estrutura de perfuração de um novo poço profundo que vai integrar o sistema de abastecimento da água da cidade. Estranhei também que não havia ninguém pescando por lá e notei a presença de um segurança na área.
O que me intrigou foi que eu não vi notícias sobre este novo poço nos jornais. Na dúvida, fiz contato com a equipe do Jornal da Manhã e perguntei se haviam publicado alguma matéria sobre o assunto. A resposta foi não e que eles buscariam maiores informações.
O amigo Leonel Nava, meu vizinho, disse que viu matéria em um dos canais fechados da cidade, sabia do assunto em razão disso, sabe por exemplo, que o poço terá 1.200 metros de profundidade.
Na edição de hoje do Jornal Diário de Marília, matéria comenta a presença do segurança na área da represa Cascata, dizendo que a medida foi exigida pelo Ministério Público, após acordo com o DAEM, mas não comentou sobre a presença da mega estrutura que está perfurando o poço no mesmo local, foto fechada, apenas do segurança e da sua motocicleta.
Eu esperava algo neste sentido, desde o último incêndio que registramos por aqui. A promotoria acionou os proprietários da Cascata pelo incêndio em área ambiental. Por sua vez, a Cascata se defendeu dizendo que a represa é área pública, ou melhor , de servidão pública, que fornece água para abastecer parte do município e que a responsabilidade deve ser compartilhada uma vez que não se pode proibir a entrada de estranhos.
Quem morou em Marília sabe disso; a Cascata é notícia desde os tempos do sapatão de sola de pneu. As ocorrências de morte por afogamento, principalmente de menores, durante as temporadas do verão, eram freqüentes, e voltam a acontecer nos dias atuais. A presença constantes de pescadores na área é outro fato corriqueiro e daí segue uma corrente de problemas, começando pelo lixo deixado no local, pela falta de segurança, pelos riscos de novos incêndios em razão da pesca no período noturno, com fogueiras acesas nas margens, para esquentar o frio ou espantar pernilongos, da presença de usuários e drogas e outros problemas.
Hoje a região da represa está bem mais ocupada. Tem um grande loteamento/condomínio de chácaras, com sistema de acesso controlado por portaria e vigilância, na estradinha que segue no sentido da av. das Esmeraldas, as casinhas mais antigas, ou foram derrubadas ou passaram por boas reformas e as chácaras ganharam campos de futebol e áreas de lazer, há também um campo de futebol, por enquanto de uso público, bem pertinho da represa, que nos finais de semana tem pelada de primeira.
Em uma das postagens aqui na lista eu comentei que poderiam pensar em instalar uma sede, ou posto da Polícia Ambiental, regulamentando a presença de pessoas nesta área, criando um ponto de atração turística, de pesca esportiva, de atividades físicas, de passeios para estudantes e de atividades ligadas ao meio ambiente, podendo ainda contar com um viveiro de mudas e posto de coleta de material reciclável, começando pelo lixo que as casas ao redor produzem, entre outras alternativas viáveis.
Com a instalação do novo poço é certo que teremos maior movimento na área e a possibilidade de maior controle. É triste ver nas margens da estrada o despejo de sacos de lixo, de entulho e restos de construções, de isopor que acondicionavam geladeiras, TVs e outros equipamentos domésticos. Uma questão de Educação Ambiental, sem dúvida.

Ivan Evangelista Jr
evangelista@univem.edu.br


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sorria Marília, você está no Google

Olá pessoal.

No Jornal da Manhã, edição desta terça-feira, 2/08, foi publicada a informação sobre a presença da equipe do Google em Marília. Vale registrar também que o amigo Leonel Nava nos deu importante contribuição sobre o sistema de trabalho, sobre a captação e seleção das imagens, para posterior publicação.
E com um pouco de sorte, hoje, novamente, eu tive a felicidade de fazer outro flagrante sobre o assunto, quando me dirigia para casa no horário do almoço. Ao cruzar a linha férrea, nas imediações da Galeria Atenas eu avistei o veículo em plena ação.
Foi o tempo exato de parar o veículo na rua Amazonas, pouco abaixo da Casa de Portugal, sem ter tempo para sair do carro, saquei a máquina do coldre e dispararei o gatilho.
Até o motorista do Google se assustou quando percebeu a lente da objetiva na mira do seu caminho.

(confira a matéria do Jornal da manhã)
Sorria Marília, você está no Google!

02/08/2011 Tamanho do texto: A A A
No último domingo (31), o site Afotoquefala descobriu neste em um estacionamento de Marília, o veículo mapeador do Google Street View e antecipou a novidade informando que o veículo chegou à cidade na sexta-feira (29) e que, ao que tudo indica, os trabalhos de fotografia da cidade deveriam ter início ontem (1).
“Considerando que o Google maps é bem detalhista em seu trabalho, fico aqui imaginando como é fazer um serviço deste naipe. Como percorrer rua por rua da cidade para captar detalhes, ou será que vão apenas registrar as principais vias de escoamento do trânsito e os locais com atrações turísticas?”, comentou o autor do site, Ivan Evangelista Jr.
“Considerando a condição geográfica de Marília, as ruas Pedro de Toledo, av. Sampaio Vidal e rua Castro Alves, av. República, av. Santo Antonio, rua Vinte e Quatro de Dezembro, av. Tiradentes, rua Vicente Ferreira e Brigadeiro Eduardo Gomes, por exemplo, são as principais longitudinais. Na transversal, ruas com grande extensão temos: rua 9 de Julho, rua Sete de Setembro e cel. José Braz, av. Rio Branco e av. da Saudade, entre outras. Penso que ruas e bairros como a Nova Marília e o Santa Antonieta não devem ficar de fora e mais o distrito industrial”, acrescentou Evangelista.
“Um adesivo no painel frontal interno do veículo indica as medidas de altura da haste telescópica que sustenta as várias câmeras e que se parece muito com uma bola de futebol. Vi também que no lugar do banco da frente do passageiro, encontra-se instalada um monitor de vídeo que deve retransmitir as imagens captadas e ajuda o controlador a posicionar melhor todo o equipamento”, concluiu.