terça-feira, 24 de julho de 2012

A arte e a sustentabilidade andam de mãos dadas



A treliça de metal estava em casa há algum tempo e não tinha destino certo, ainda. Encontrei o material em uma caçamba, destas que se aluga para fazer descartes de material de construção ou mesmo para reformas em geral. Achei bonita e trouxe para casa, sabendo que um dia acharia uma boa destinação para ela.

Esta mania de arrastar para o quintal coisas que outras pessoas descartaram não é de hoje não, vem de longe, desde os tempos da infância. Não vejo apenas o objeto em si, mas o que se pode fazer com ele aproveitando suas formas, cores ou o próprio material do que é feito. Acho que é isto que hoje chamam de sustentabilidade.

O difícil é conciliar o ajuntamento com o destino final. Até que se encontre a finalidade futura a peça fica ali, num canto qualquer, e a isto, a querida esposa e companheira chama de bagunça, de tranqueira e outros nomes.  

Eu explico dizendo que a inspiração não vem assim, num estalo de dedos, que a peça deve ficar lá até que a mente se abra para o novo, para a criação e a criatividade. Mas de pouco adiantam as explicações porque a necessidade da ordem e da limpeza fala mais alto. Se deixar por minha conta, o depósito seria bem maior.

Nestes poucos dias de férias dei destino para uma pilha de madeiras. Fiz caixas iscas para recolher novos enxames de abelhas e já espalhei em vários locais. Agora é só esperar a primavera chegar para observar a movimentação e com um pouco de sorte, novas capturas.

Mas voltando a treliça de metal, mostro aqui o resultado da arte. Fixei a peça na parede de uma clarabóia, entre o escritório e a sala de visitas e o visual ficou bem legal. Optei por mesclar diversas espécies de ornamentais, uma composição de orquídeas, flores de maio e leguminosas.

As próximas da lista serão quatro peças de venezianas de madeira, daquelas bem antigas, também encontradas em uma caçamba. Após pesquisar sobre as possibilidades de reutilização das peças, descobri que posso raspar a tinta e deixar na madeira natural.

Depois, é passar uma ou duas mãos de impermeabilizante ou verniz e temos quatro molduras para fins variados.

Pode ser para enfeitar um canto próximo da churrasqueira, com fotos de família e momentos felizes, pode ser para o jardim, com fotos de plantas floridas ou de pássaros, criando uma composição bem harmônica ou mesmo para sustentar pequenos vasos com flores coloridas.

Foi assim que duas janelas antigas de madeira ganharam fotos ampliadas de imagens que fiz no bosque municipal. Onde havia uma parede na área de serviço de casa, agora, tenho uma janela para o tempo.

O que importa é não ficar parado, mais o prazer de utilizar as próprias fotos em peças decorativas e o dia ta ganho.

Ivan Evangelista Jr.

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