quinta-feira, 18 de abril de 2013

Associativismo e agricultura familiar em alta


Compartilho com os amigos que nesta sexta-feira, 18/04, a partir das 8 horas, vamos  participar  de uma importante reunião no Ceasa. Com a coordenação do Sr. Capone, gerente do entreposto, será formalizada uma associação de produtores rurais que contará de início, com a participação de 25 agricultores.
O objetivo é que esta associação, com o total apoio da CATI, das Secretarias Municipais da Agricultura e do Desenvolvimento Econômico, entre outras, se torne fornecedora de alimentos que fazem parte da lista da merenda nas escolas de Marília.
Estamos falando de 45.000 alunos, que consomem diariamente alimentos em 120 pontos da rede municipal. Hoje, os alimentos são comprados por licitação e chegam a Marília, produtos vindos de cidades bem distantes que participam do pregão e passam a ser fornecedores.
A Associação de Agricultores poderá contar com recursos direcionados pelo governo do estado que vem “carimbado” para esta finalidade, sendo que 30% da lista total pode ser comprada pela modalidade de “Chamada Pública”, mais simples que um pregão, e que justamente possibilita aos pequenos agricultores familiares se beneficiarem dos programas de incentivo dos governos Federal e Estadual.
Detalhe, o dinheiro, a verba pública fica disponível para o município e se não for empregada desta forma, volta para o governo estadual.
O programa ajuda a fixar o homem no campo e, ao mesmo tempo, incentiva que parte da colheita local e regional seja absorvida pela estrutura municipal. A associação terá sua sede no Ceasa, que por sua vez, através do trabalho do Sr. Capone, já pegou a lista de produtos da merenda escolar e vai apontar o que temos plantado na região e o que está comprado fora e pode ser plantado aqui.
É um desafio, sem dúvida, mas é uma iniciativa que já funciona em Vera Cruz, em Garça e também em Fernão. Outro fator de sucesso do programa é a sintonia com o setor de compras municipal, com a participação efetiva das nutricionistas/merendeiras, responsáveis pela elaboração do cardápio semanal, contemplando produtos sazonais.
Diga-se de passagem, que estamos falando de muita comida e de boas oportunidades para quem planta, na linha direta com quem compra, sem a intervenção dos atravessadores e com grande incentivo do nosso prefeito municipal e toda a equipe administrativa.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

“Exposição de Emoções...Marília Bela” no CCBEU, através do olhar fotográfico de Ivan Evangelista Jr.


Em homenagem à “Cidade Símbolo de Amor e Liberdade” pelos seus 84 anos, o Centro Cultural Brasil - Estados Unidos de Marília expõe este mês, em sua Galeria de Artes / Espaço Cultural Prof. Edmond Atallah, belíssimas fotos feitas por Ivan Evangelista Jr - imagens que mostram a cidade em diferentes períodos do ano, incluindo registros da fauna silvestre que frequenta as praças e avenidas da cidade em busca de alimentos. “Costumo dizer que o fotógrafo é um colecionador de bons momentos. A fotografia tem a magia de eternizar emoções e guardar a memória de um fato, de pessoas ou eventos que acontecem em nossas vidas”, disse Ivan em entrevista ao Caderno 2, falando um pouco de sua grande paixão pela cidade e pela fotografia. “A primeira câmera fotográfica foi uma Nikon, modelo F608, adquirida em 1996, oferta de um amigo dekassegui que vendeu o equipamento para juntar recursos e voltar ao Japão. Numa atitude compulsiva, passei a fotografar quase tudo que estava ao meu redor, descobri que havia uma segunda e uma terceira visões, além do olhar rotineiro que utilizamos para nos locomover pelas ruas e calçadas, quase sempre descuidado ou desatento”, disse, acrescentando: “O olhar pela lente transforma o cenário que está à nossa frente. O ato de focar a imagem já é, por si, um despertar desta consciência adormecida que todos têm, mas que muitas vezes fica escondida entre pensamentos e preocupações que cercam as nossas vidas. E, assim, perdemos inúmeras oportunidades de apreciar o belo ou o inusitado. Daí algumas pessoas dizerem que fotografia é poesia.” Segundo Ivan, a preferência por paisagens nasceu de forma natural. “Sempre admirei as transformações urbanas e gosto muito de registrar o dinamismo da nossa cidade. A fotografia acontece, primeiro, na mente do fotógrafo. Ele faz a leitura do cenário, analisa, interpreta e somente depois é que aperta o botão da máquina para disparar o diafragma, ou seja, a foto já aconteceu, foi precedida de um diálogo mental muito profundo e questionador. Nesta exposição, por exemplo, utilizei alguns recursos de manipulação digital de imagens para destacar linhas e estruturas geométricas que estão presentes no conjunto da imagem, mas, se não houver esta intervenção elas ficam despercebidas. Foi o que eu descobri ao fotografar o bondinho do parque “Monteiro Lobato”, uma arquitetura de traços que valorizam a temática central. O bonde já é uma grande atração visual pela informação histórico e cultural que carrega, mas as suas linhas e contornos, as linhas retas de suas janelas, quando destacadas, se transformam em molduras para outros cenários subjetivos e implícitos na mesma foto. No mesmo contexto, estão os ipês brancos registrados no bosque municipal “Rangel Pietraroia”. A foto original e colorida foi transformada em preto e branco e ganhou uma nova matização e mais contraste. O resultado foi um jogo de luzes e sombras que realçou e harmonizou a paisagem, de forma que as pessoas que visitam a exposição e observam o quadro são transportadas intuitivamente para o cenário. Mas há também fotos de paisagens, de serras cobertas de neblinas, fotos feitas durante os períodos de inverno, onde as furnas e itambés que rodeiam a cidade guardam no fundo das encostas a massa de ar quente do dia. Nas madrugadas, nos momentos que antecedem o despertar do sol entre as linhas do horizonte, o choque entre o frio e a umidade do sereno, com massa de ar quente, produz este fenômeno da neblina branca e densa, que mais parece um mar de leite descansando em berço esplêndido,” comentou Ivan, afirmando que “é esta a proposta da exposição: tirar as pessoas do olhar comum e transportá-las para o mesmo ponto de vista do fotógrafo, de transportar o visitante da condição de agente passivo, de simples espectador, para integrante da cena, de despertar sentidos e proporcionar uma viagem até o local onde a foto foi realizada e chegar ao ponto de sentir toda a energia que estava ali naquele momento. Parece algo meio que surrealista, mas não é. Na foto da Avenida Sampaio Vidal, enfeitada para o Natal com luminárias representando ramos de café e coloridas de verde, é possível entender bem esta proposta de se deixar levar para um estado de mente criativa e harmonizada. O conjunto de luzes contrastando com o fundo escuro da noite, as linhas dos prédios, a arquitetura urbana revelada timidamente, o leito do asfalto e mais uma série de informações subjetivas presentes na cena, são estímulos visuais e sensoriais que despertam emoções na observação da cena emoldurada.” Além de fotógrafo, Ivan Evangelista Jr. é também chefe de gabinete da reitoria e gestor de Marketing no Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM, apicultor, membro da Comissão de Registros Históricos de Marília e autor do blog www.afotoquefala. blogspot.com.br Sobre o Espaço Cultural do CCBEU (localizado na rua Cel. José Braz, 77), o autor das fotos expostas na “Exposição de Emoções...Marília Bela” afirmou: “é um local privilegiado e eu agradeço aos diretores por esta oportunidade de expor meu trabalho para os alunos e visitantes. Valorizar o trabalho artístico é uma atitude que nos incentiva a continuar trazendo novas exposições para o público mariliense.” A exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira das 8h30 às 11h e das 13h30 às 20h (sábados das 8h30 às 11h), até o dia 29 deste mês. Mais informações: tel. 3454- 4110.
Fonte: Jornal da Manhã, edição de 10/04/2013