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A escrita pela fotografia.
sábado, 5 de julho de 2025
Conheça Avencas, na Rota das Capelas
Um passeio de fé entre vales e muitas atrações
A vicinal Marília até o distrito de Avencas é um percurso de pouco mais de 28 Km, rodeado de belas paisagens e muitas atrações e curiosidades. Nossa rota é pela rodovia Rachid Rayes, sentido Assis, Km 336-oeste, entrando à direita.
O distrito foi criado em 2 de outubro de 1934 e desde então se tornou passagem obrigatória para sitiantes e agricultores que se estabeleceram na região. Avencas já ficou famosa pela produção de melancias em grande quantidade, hoje, a produção de amendoim substituiu esta cultura e, também, plantações de eucalipto tomam conta de boa parte do cenário rural.
No comecinho da nossa jornada vamos encontrar o Bar da Curva, conhecido também por Bar do Delei ou Bar da Seringueira. Érica, filha do famoso Delei é quem toca o empreendimento após o seu falecimento.
No começo não tinha energia e um buraco no chão de terra, debaixo da pia de lavar os copos era a caixa térmica. As garrafas cobertas com gelo e palha de arroz para manter a temperatura.
Duas seringueiras de grande porte fazem sombra para algumas mesas improvisadas e uma churrasqueira onde os fregueses podem passar horas de lazer. O estilo é: você traz a carne e toda a bebida é adquirida no bar. Entrar no bar é voltar no tempo, prateleiras de madeira com litros de cachaça, alguns penduricalhos, e a decoração antiga foi mantida.
Seguindo viagem nosso próximo destino é o Autódromo de Marília, com Pista de Drift, o mais novo ponto de encontro dos apaixonados por automobilismo na região. Instalado no Km 6 o projeto está só começando e promete trazer grandes espetáculos no segmento e melhorias que vão compor uma das melhores opções de lazer para os apaixonados por velocidade e arrancadas.
A próxima parada é bem próxima do paraíso. O Mosteiro da Divina Misericórdia desponta no alto da serra, tendo como moldura de fundo a visão privilegiada dos vales.
Local de meditação o Mosteiro tem sua beleza arquitetônica simples e totalmente integrada a paisagem. É a primeira impressão que toca os visitantes. No seu interior o clima e o jogo de luzes dos raios de sol que atravessam as janelas e vitrais, tornam a experiência mais acolhedora proporcionando momentos de calma e deslumbre.
Nas paredes, quadros coloridos representam a via sacra e outros temas da fé e do cristianismo. As missas aos domingos são o ponto alto da presença de fieis e de visitantes que lotam o amplo salão.
O Mosteiro tem uma loja com artigos religiosos e vende também biscoitinhos e petiscos com vistas a arrecadar fundos para as obras. O destaque é para os pães caseiros com sabor inigualável e muito apreciados. A lojinha é no modelo de auto serviço; não estando alguém disponível para lhe atender, você pega o que deseja, embala e faz o pagamento por meio digital.
Na Rota das Capelas o Mosteiro é o ponto final de um percurso ecumênico de 112 km, passando por estradas vicinais e cidades que guardam todo o encanto da vida rural com várias opções de gastronomia típica e o contato com os moradores e a cultura local.
Para conhecer mais sobre o Mosteiro e toda a programação religiosa visite: @mosteirodivinamisericordia
E vamos em frente por que atrás sempre vem gente, não é mesmo!
A próxima parada vai te levar para as alturas. Isto mesmo, vai te levar para uma visão dos vales a partir do topo da Serra de Avencas. Que é também considerada Sítio de Pesquisas Paleontológicas onde já foram encontrados vários fósseis que estão no Museu de Paleontologia de Marília.
Nas laterais é possível observar as várias camadas de terra e rochas que formaram a serra ao longo da história dos tempos. Tem portal instagramável e uma vista de quase 360º de toda a região.
O canto dos pássaros e a diversidade de espécies é outro atrativo que certamente vai despertar seus sentidos. Não esqueça de levar sua câmera fotográfica para trazer na bagagem as melhores fotos da sua viagem. Todo o percurso da estrada de Avencas e da Rota das Capelas é demarcado com totens, com mapas e informações relevantes para os esportistas sobre os níveis de exigência física.
Deixamos a serra e nosso destino agora é o distrito de Avencas. No caminho as propriedades rurais com suas belezas naturais, o gado pastando e neste período de inverno, deitados na relva se aquecendo ao sol, entre a quase dormência e a ruminação.
No alto dos galhos secos de uma árvore um gavião Carijó aprecia toda a vista e fica na espreita da sua próxima refeição. O vento bate em suas pensas e todos estes componentes naturais nos elevam a um estado de pura contemplação e desconexão da rotina.
Na entrada do distrito somos recebidos com um cuidado especial da comunidade, um pequeno portal que resume bem o sentimento da comunidade: EU AMO AVENCAS
Ao passar pelas ruas é comum cruzar com tratores arrastando implementos agrícolas e carretinhas com produtos da roça. Na rua principal do distrito alguns bares e serviços públicos.
É aqui que você vai encontrar o famoso PÃO COM OVO que representa a mais representativa gastronomia popular local.
Contam as irmãs Andréia e Silvana, da família Gambini, que estão instaladas há mais de 10 anos. O intuito inicial foi suprir a comunidade da falta de uma padaria. O negócio era vender pães e bolos.
Certo dia encostou um ciclista que fazia o trecho (ainda não havia a Rota das Capelas) e pediu um lanche. - Lanche a gente não faz. – Mas nem um pão com ovo pra matar a fome? – Ah, isso a gente pode fazer!
E conta a história que ele comeu o melhor lanche de pão com ovo da sua vida, divulgou para os amigos que passaram a frequentar o local e pedir o famoso pão com ovo.
Nos finais de semana a galera da bike encosta em massa e a chapa literalmente esquenta. Pão com ovo e Tubaína, sabor de vida.
Confira o Instagram da família Gambini, a família que reinventou o Pão com Ovo. @panificadora_gambini
Pesquisa e produção: Ivan Evangelista Jr, presidente do Comtur Marília e membro da Comissão dos Registros Históricos da Câmara Municipal de Marília
sexta-feira, 27 de junho de 2025
O BOI DE CAFÉ
Na Região Turística do Alto Cafezal, professores criam o Auto do Boi de Café
Dentre as festividades do folclore brasileiro está o Bumba Meu Boi, expressão de alegria popular com maior predominância nas regiões Norte e Nordeste. Mas há várias manifestações populares desta mesma modalidade pelo sertão paulista.
As festas de boi, também chamadas de bumba meu boi, são inspiradas no auto do boi, um conto popular já tradicional, ou que pode ser criado para ilustrar uma determinada característica local ou regional.
Para ilustrar esta riqueza e variação cultural sobre um mesmo tema podemos mencionar: o Boi-Bumbá, no Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima; O Boi de São João, no Ceará; o Boi-calemba, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, o Boizinho, Rio de Janeiro e São Paulo; o Boi de Jacá, São Paulo, o Boi Mamão, Santa Catarina, dentre outros.
Os roteiros ou histórias de cada boi seguem quase sempre a mesma linha onde encontramos: os brincantes, aqueles que acompanham os festejos, interagindo ou não com os personagens, o casal, a dupla responsável pelo desenvolvimento do enredo da história, o dono da fazenda, que é o proprietário do boi, os vaqueiros , índios e caboclos, personagens secundários, presentes na história durante a procura do boi, os músicos, responsáveis pelas batidas rítmicas que são a fomente de energia e alegria dos participantes.
E aqui em Marília os docentes da escola Waldorf Jequitibá Rosa, no bairro da Chácara dos Laranjais, criaram e cantam o Boi de Café. A metodologia Waldorf de educação tem três pilares instituídos por seu criador Rudolf Steiner: pensar, sentir e querer e trabalha o aprofundamento com o entorno, o contato com a natureza, e a prática do educar fazendo.
Durante os festejos de São João e com o intuito de presentear as crianças e seus familiares com as histórias baseadas nas experiências deste território da história da cultura cafeeira local. A primeira apresentação do Boi de Café aconteceu no ano passado e contou com o importante apoio das famílias nesse trabalho de criação e celebração.
O Jequitibá Rosa é uma escola associativa e sem fins lucrativos que prima pela liberdade do pensar, e procura dar condições para que cada indivíduo descubra seu potencial e se desenvolva, superando os seus desafios e trabalhando seus talentos. Fechando um pouco mais o foco, podemos dizer que busca intuir nos alunos reflexões sobre: “quem eu sou, conhecendo mais sobre o meio ao qual pertenço e como posso desenvolver meus talentos de forma criativa, construtiva e participativa nestes cenários”.
Com esta visão de memórias e valores culturais os docentes partiram para uma grande imersão nas origens da cidade de Marília e região, onde o café como meio de subsistência e de desenvolvimento social e econômico foi o grande protagonista. Marília, antes, Terras do Alto Cafezal, tem ligação umbilical com a cultura e a bebida mais amada do Brasil.
Estudaram a história, os caminhos e os personagens que contribuíram para que sejamos esta pujança econômica na atualidade. E para comemorar e marcar todo este aprendizado surgiu a ideia de criar o Boi de Café, com enredo bem caracterizado na realidade local e na identidade da nossa comunidade pioneira.
E olhem só que interessante. Marília faz parte da “Rota Turística do Alto Cafezal” instituída pelo governo do estado de São Paulo (https://www.turismo.sp.gov.br/conheca-a-regiao-turistica-alto-cafezal) e, também, do “Rotas do Café” que destaca a identidade paulista presente na história, reunido fazendas, cafeterias, torrefações, experiências e paisagens (https://www.rotasdocafe.sp.gov.br/rotas-cafe-sp).
No dia 28/06, o Boi de Café faz nova apresentação pública durante a festa junina da escola. Louvamos a iniciativa dos docentes pela criatividade e feliz ideia de valorizar nossas raízes e origens.
O Boi de Café, mais do que uma comemoração ou brincadeira popular, poderá se tornar patrimônio cultural da cidade.
Ivan Evangelista Jr, presidente do Comtur-Conselho Municipal de Turismo e membro da Comissão dos Registros Históricos
sexta-feira, 30 de maio de 2025
Prefeitura de Marília e Comtur participam de Encontro de Negócios de Turismo
Ação envolveu 40 empreendedores do setor no Sebrae
Na última terça-feira, 27 de maio, a Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, em parceria com o Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e com apoio do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares (Sinhores), promoveu o Encontro de Negócios de Turismo.
O evento ocorreu na sede do Sebrae, durante o período da tarde, e contou com 40 participantes de vários segmentos ligados à atividade turística, como hoteleiros, agências de viagem, proprietários de equipamentos de turismo rural, restaurantes e outros.
Na abertura, estiveram presentes a gerente do Sebrae regional Marília, Cristiane Aguiar, o presidente do Comtur, Ivan Evangelista Junior, a analista do Sebrae Mariana Ferreira, e a servidora municipal Fernanda Violante, diretora de turismo. Foram apresentadas informações importantes sobre o turismo no município e, na sequência, os participantes se dividiram em sete mesas redondas. Após apresentação de cada um, houve a troca de mesa até que todos pudessem se conhecer e se informarem sobre todas as ações.
O objetivo do Encontro de Negócios foi promover a troca de experiências, fortalecer parcerias e estimular o desenvolvimento do setor turístico local, por meio do networking e negócios entre diferentes agentes do setor. Isso se traduz em diversas oportunidades, desde a criação de novas conexões e o acesso a novos mercados, até a identificação de fornecedores, compradores e parceiros estratégicos.
Para o secretário municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Vitor Gazola, foi uma tarde muito produtiva em que empreendedores do turismo puderam se conectar, criar redes de contato e divulgar seus negócios. “A gestão municipal está focada em proporcionar ferramentas que contribuam para o desenvolvimento das atividades econômicas e fortaleçam as parcerias”, afirmou.
O presidente do Comtur, Ivan Evangelista Junior, enfatizou que o encontro e rodada de negócios do turismo receptivo em Marília foi um marco muito importante para o setor porque reuniu 40 empreendedores do turismo e proporcionou maior integração dos atores envolvidos neste contexto. “As rodadas de negócios, muito bem organizadas pelo Sebrae, foram marcadas por trocas de saberes, experiências e oferta de produtos e serviços que passam a integrar base de dados que serão trabalhados pelo Comtur e pela Secretaria Municipal de Turismo. Fazemos votos que outras edições aconteçam no segundo semestre e que possamos agregar mais empreendedores”, completou Ivan.
domingo, 23 de fevereiro de 2025
É PRECISO CONTINUARMOS NA LUTA PARA ENTRARMOS NO RADAR DO TURISMO DE EVENTOS E NEGÓCIOS
E a porta principal é o aeroporto de Marília
A notícia consta da edição de hoje do Jornal Da Manhã: “Aviação regional de SP movimentou mais de 168 mil passageiros em janeiro. O destaque de maior movimento cabe a São José do Rio Preto e Ribeirão Preto.
Por quê? Obvio – porque têm conexões diretas com São Paulo e brigam para não as perder. Mais voos, mais passageiros, mais negócios, mais facilidades de logística e maior atratividade para estes centros comerciais.
Mas vamos continuar lendo a matéria: “Estamos falando de um interior conectado, bem estruturado logisticamente e pronto para receber feiras, eventos, convenções e grandes festivais. Além disso, os aeroportos regionais atuam como polos emissores de turistas para municípios vizinhos”, disse Roberto de Lucena, Secretário de Turismo e Viagens do estado de São Paulo.
Pena que esta não seja a realidade para nossa Marília. Caímos, e muito, no ranqueamento dos embarques e desembarques. Motivo? Falta de opções de horários de voos, falta de conexão direta com São Paulo, falta de respeito com os passageiros com incontáveis atrasos e cancelamentos de voos, tanto de vinda como de retorno, e FALTA DE INVESTIMENTOS E MELHORIAS NO AEROPORTO LOCAL pela concessionária Rede Voa.
As reformas e melhorias tão necessárias foram adiadas para junho deste ano, assim sendo, só podemos esperar resultados menos positivos na pontuação e classificação de município atrativo para o turismo de negócios e eventos.
E fora o aeroporto, temos estrutura para isso? Sim, temos uma estrutura invejável para outras cidades. Vamos elencar algumas delas: Auditórios/espaços disponíveis para eventos ?: anote aí por gentileza – Teatro Municipal, Teatro Sagrado Coração, auditório Unimar, auditório Univem, auditório CIESP, auditório e salas de convenções Sun Valley, auditório APCD, Centro de Convenções e Festas Golden Palace, Espaço T Eventos, Espaço República eventos, Ginásio Municipal Neusa Galetti, ginásio de esportes da Unimar, salas e pequenos auditórios nos hotéis da cidade, JR, Estoril Hotel, Tenda, Alves Hotel, Nikkey Clube de Marília, os colégios e seus espaços para eventos, quadras esportivas, o Yara Clube e toda a sua estrutura, a Associação Atlética Banco do Brasil, e muito mais.
Somados os assentos destes espaços mencionados podemos, sem medo de errar, afirmar que conseguimos recepcionar mais de 8.000 pessoas ao mesmo tempo, divididas em auditórios espalhados em vários pontos da cidade. Só o evento da Conect ACIM recebeu mais de 3.000 pessoas na edição de 2024 no Golden Palace.
Hotéis e acomodações, temos(?). Sim. Temos leitos para acomodar os visitantes, leitos de boa classificação na hotelaria nacional, hotéis com excelentes estruturas e cafés da manhã.
Alimentação para tanta gente, tem? Sim. Nossa rede de serviços gastronômicos tem capacidade e diversidade de fazer inveja (de novo) para outras cidades do interior. Da pizza aos pratos executivos, ou buffets com cardápios mais elaborados, temos empresas prestadoras de serviços que atuam em grandes eventos e dão conta do recado quando o desafio é atender grandes públicos.
Marília oferece variedade gastronômica? Sim. Comida italiana, comida espanhola, cardápio mediterrâneo, comida japonesa, cardápio português, comida chinesa, vegana, vegetariana, churrascos e rodízios e outras opções.
E rede de apoio, tem? Sim. Prestadores de serviços nas áreas de fotografia, som e vídeo, suporte de serviços para eventos, drones, transmissões em mídias digitais em real time, serviços de tecnologia, imagem e beleza, transporte e logística, estúdios de TV, imprensa, dentre outros.
E MESMO ASSIM ESTAMOS PERDENDO ESPAÇO E CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA OUTRAS CIDADES?
Sim. E a explicação é simples. Não temos conexões, não temos horários de voos compatíveis com as agendas dos executivos, dos palestrantes, dos professores convidados para atuar nos cursos de pós e mestrados, dos médicos, doutores e ouros profissionais que abrem mãos de convites em razão de falta de logística.
A realidade é que nosso aeroporto estrangula a organização de qualquer evento e prejudica os serviços que dependem da vinda de profissionais de outras cidades.
Vir para Marília utilizando transporte aéreo, ou depender de participar de eventos e negócios em outras cidades, significa que sua agenda pessoal estará comprometida por no mínimo 3 dias, mesmo que o evento seja somente um dia. Lamentável isso.
Em nome do COMTUR creditamos importante trazer estas reflexões aqui para entendermos que não há tempo a perder. É preciso expor dados e informações para literalmente forçar a concessionária voa a promover as melhorias necessárias, há muito solicitadas e de pleno conhecimento desde a publicação do edital de concessão pelo governo do estado de São Paulo.
Tempo é dinheiro, tempo e recursos que deixamos de capitalizar para impulsionar o turismo local.
Ivan Evangelista Jr, presidente do COMTUR Marília
quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Um dia da caça, outro do caçador
O Saruê, tb conhecido por gambá,
saiu de casa e foi caçar.
Não imaginava ele nesse dia
que cachorro bravo o seguia,
e já não era de hoje,
tinha tempo essa folia.
Um descuido na caçada e
seu gambá levou primeira lapada.
Dentes fortes lhe morderam
e não houve pernas que correram.
Mais uma mordida
e o gambá, mole e lambido,
ficou no chão estendido.
Cachorro seguiu sozinho
e na certeza da missão cumprida
seguiu seu caminho,
sabendo que do dono
ganharia um carinho.
Na espreita estavam
seu Urubu e Don Carcará.
Briga feia de entrá, nem pensá,
melhor esperar acabá.
E foi só o cachorro se afastá
que os dois
partiram pra cima do pobre gambá.
Comida pouca sempre
é motivo de encrenca.
Urubu partiu pra cima
e deu uma baita voadora,
carcará saiu de lado
e se fez de rogado.
E ali, inerte
o pobre do gambá
que mesmo com todo seu odor
experimentou na pele
o tal dia da caça e o
dia do caçador.
Verso e prosa de afotoquefala.
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