segunda-feira, 10 de julho de 2017

Este maremoto chamado TI


O conteúdo deste artigo surgiu após a leitura da edição dominical (9/07) do jornal Folha de São Paulo onde o tema tecnologia é vastamente explorado. Na pág. A23 um bom texto sobre como a inteligência artificial está ganhando espaço nas empresas e assumindo funções variadas.
Se ela ganha espaço,pensei,nós humanos estamos perdendo espaços e fui conferir a realidade dos fatos. Num outro artigo na mesma página já encontrei respostas: As empresas que utilizam a inteligência artificial em suas tarefas afirmam que o avanço da tecnologia no mercado não tornará o trabalho humano obsoleto, mas irá acabar com muitas atividades repetitivas e que não exijam qualidades como empatia e criatividade. Segundo seus pesquisadores a inteligência artificial será uma ajudante dos humanos para tornar seu (o nosso)trabalho mais produtivo.
Daí eu pensei: a gente tem que se preparar para se engajar nesta nova onda e entender como utilizar as novas ferramentas a nosso favor, assim como, as universidades, berço natural da formação de novos profissionais devem adequar suas matrizes curriculares nos diferentes cursos para promover esta integração durante a fase de construção do novo ser profissional que irá atuar neste mercado cada vez mais competitivo e veloz.
A IBM fez parceria com o Hospital do Câncer Mãe de Deus e utiliza o Watson (uma plataforma de inteligência) para ajudar no diagnóstico e sugerir tratamento dos pacientes. Outra empresa, a Kraft Heinz, já utiliza a inteligência artificial na seleção de trainees. E ainda na área do direito,a Linte, é exemplo de uma empresa que desenvolve inteligência artificial para o setor jurídico.
Esta integração homem e softwares é como uma onda de tsunami que não temos como segurar. Está acontecendo e será cada vez maior a cada dia. Exige de nós maior atenção e o desenvolvimento de novas habilidades e competências para não perdermos o barco da história. Falo aqui dos cinquentões, como eu, e desta moçada que está entrando no mercado agora.
Mais adiante, na mesma edição, uma outra matéria diz que as novas tecnologias já estão ameaçando os trabalhadores indianos. De imediato eu fiz uma releitura mental do best seller "O Mundo é Plano", autoria de Thomaz Friedman,  que me encantou com suas revelações sobre a dança dos empregos na era da tecnologia do século XXI.
Para encerrar, na mesma edição (pag. B5-Cotidiano) fiquei sabendo que um novo projeto na capital paulista está sensibilizando pessoas para doação de voz e auxiliar outras pessoas que perderam a fala. Criada em 2016, a startup a Soul-Vox tem como principal proposta humanizar a comunicação de pessoas após complicações de saúde que comprometeram a fala, ou seja, humanizar o tratamento e o pós tratamento.
Minha nossa. Em uma única edição de domingo eu tomei uma overdose de ânimo e de adrenalina para buscar contribuir cada vez mais com os processos de mudança do ensino e do aprendizado nas universidades. Tudo depende de nós, educadores e professores, a velocidade da mudança aumenta numa proporção randômica à nossa vontade e exige mais flexibilidade em todos os sentidos. Bem-vindos ao futuro.
Ivan Evangelista Jr
É chefe de gabinete da reitoria e membro do Grupo de Planejamento Estratégico do Univem/Marília
*Para leitura dos artigos mencionados: