domingo, 8 de agosto de 2021

Patrimônio Cultural de Marília

Domingo passado encontrei o amigo Ramon Franco na feira livre. Ele é assessor de imprensa da presidência da Câmara Municipal, jornalista, fotógrafo e grande escritor. Sempre bons papos durante estas oportunidades que não são planejadas e aproveitando o dia de folga para por a conversa em dia.

Comentei com ele sobre a feliz iniciativa do vereador Rezende em indicar a feira de domingo como patrimônio cultural da cidade e a aprovação pela Câmara Municipal ( Lei ordinária 8699/2021, de 12/07/2021). O evento dominical é um conjunto que reúne gastronomia popular, cultura, sustentabilidade, diversidade de produtos da terra, curiosidades populares, música e o comércio mais popular que é a feira.


Em apenas uma banca, por exemplo, encontramos quinze variedades de feijão. Isso mesmo, o feijão, iguaria que está presente em todas as mesas brasileiras acompanhado do arroz. Carioquinha, vermelho, bolinha, rajadinho, guandu, branco, preto, feijão de corda e tantas outras qualidades, assim como o arroz Cateto que faz parte da velha culinária cabocla, saudável, bom para risotos e pratos típicos.

Tem a rapadura que nos remete ao tempo dos engenhos, a paçoquinha caseira, o doce de quebra-queixo que lambuza e gruda no céu da boca, tem  comida japonesa, pastel e garapa, tem música de violino, de acordeom, de violão e voz e o tradicional chapéu para arrecadar alguns trocados, a cutelaria rústica, as mudas de frutíferas, queijo de soja, e um cantinho especial para tomar café e ver o domingo passar bem gostoso.


Cada um destes itens mencionados acima, mais outros tanto não listados, são fios condutores de boa pesquisa cultural, de escritos e receitas, de memórias afetivas e paladares brasileiros. Daria um livro de bons capítulos se fossemos explorar sobre cada um e as possibilidades. A feira é um recorte do Brasil que reúne no mesmo espaço uma diversidade rica em saberes e conhecimento popular.

Some a tudo isto a história dos feirantes guerreiros, gente que se põe de pé às duas da manhã para chegar ao ponto e armar a tradicional barraca, gente que colhe hortaliças na madrugada fria para oferecer o diferencial do produto saudável, direto da roça, gente que só vai conseguir almoçar bem mais tarde. Mas eles são felizes e gostam muito do que fazem e por todas estas razões a feira é um patrimônio cultural a ser preservado e explorado.


Experimente viver esta experiência, agende seu próximo café de domingo na feira e leve sua máquina fotográfica e um caderninho de anotações. Surpreenda-se e seja feliz!

Ivan Evangelista Jr, membro da Comissão de Registros Históricos de Marília, fotógrafo e membro do Comtur Marília


sexta-feira, 9 de julho de 2021

Trilhas e caminhos para o turismo

 

Muito interessante observar este movimento que faz com que as pessoas se utilizam para batizar caminhos e trilhas que percorrem ou percorreram por algum motivo que os levou a este feito. Entre os mais tradicionais estão as várias opções do “Caminho da Fé” com origem de partida em várias cidades do estado de São Paulo e o destino de Aparecida do Norte.


Mais próximo de Marília temos a rota da cachaça que remete ao circuito de cidades que tradicionalmente produzem a mais famosa bebida brasileira, tendo como epicentro a cidade de Palmital e outras em seu entorno.  E localmente já estão bem organizados os grupos de escalada, rapel, jiperios, motocross, paragliders e outros que gerando novas rotas.  

Aqui em Marília contamos com vários grupos de esportistas que pedalam por caminhos com distâncias que variam de acordo com a capacidade física dos participantes, mais curtos e com grau de dificuldades baixos, ou mais extensos que exigem melhor preparo físico. Outro dia ouvi de um deles que ia “fazer o oitão”. Questionei e soube que ele estava se referindo a uma pedalada partindo de Marília com destino a Julio Mesquita e que o trajeto dos locais de passagem quando registrado no mapa acaba se parecendo com um grande número oito. Original e criativo.


Hoje, na edição do Jornal da Manhã está a notícia que o mariliense Cristiano Roberto Marques, 42 anos, realizou um percurso pedestre de 100 Km na chamada “volta do café”. Neste caso a referência de denominação é com a região que abrange Marília, Garça, Gália e Álvaro de Carvalho, corrida que ele fez pela rodovia SP-333.

E se formos anotando as diferentes trilhas vamos conferir que Marília oferece várias opções de lazer, esporte e entretenimento que contemplam caminhos e paisagens incríveis. Cada tribo, cada grupo, vai batizando os roteiros de forma autoral e desta forma chegamos um conjunto de possibilidades que surpreendem até mesmo os mais antigos conhecedores da região.

O Comtur – Conselho Municipal de Turismo vem reunindo e organizando estas informações e criando ou fazendo parcerias com canais de comunicação que possam levar este conteúdo para um maior número de pessoas. O Plano Diretor de Turismo é base de todo este trabalho e neste exato momento está em processo de revisão participativa com vistas a promover as necessárias atualizações.

É por contarmos com o Plano Diretor de Turismo aprovado pela Câmara Municipal de Marília e pelo Poder Executivo que Marília se encontra na lista do MIT – Município de Interesse Turístico do estado de São Paulo e recebe recursos que são investidos em projetos para o desenvolvimento do turismo local.


Ivan Evangelista Junior, membro do Comtur e do Codem.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

A Nova ACIM de Marília - cartão de visitas da cidade

 


Os amigos já visitaram a nova sede da ACIM? Já tiveram a oportunidade de conhecer a tecnologia inteligente que foi instalada em toda a sua estrutura?

Eu estive lá e conheci. e UAU! seria a melhor expressão do sentimento que tive ao experimentar a sensação de estar em um novo mundo. A Alexia (assistente virtual) é a grande estrela do espaço porque por meio das conexões e comando de voz tudo pode ser acionado e controlado. Desde as luzes do ambiente, agenda e conexões por telefone e/ou e-mail, watSapp, preparação de ambientes para reuniões , entre outras facilidades.

Ao adentrar na sede da ACIM nos parece que deixamos a vida rotineira lá fora e nos conectamos com um grande centro de informações. Tudo ao alcance das mãos.

A biblioteca, o espaço de descompressão (área para encontros sociais) , espaço para o café, e a academia de ginástica com frente para a Rua 24 de dezembro. Como assim? Academia de ginástica em uma sede de Associação Comercial?

Isto mesmo, o conceito de trabalho mudou e a qualidade de vida faz parte e influencia na produtividade, na criatividade e na inovação.

O que mais? Espaços foram abertos para integrar e receber parceiros e empresa, organizações e pessoas. Menor número de salas "compartamentadas" e maior espaço compartilhado. Em um mundo conectado as pessoas são integradas e visualizadas, os ambientes interagem de forma natural, as idéias fluem por uma condição favorável de rede e tudo se transforma com mais velocidade.

A nova sede da ACIM deixou de ser, na minha opinião, apenas um centro prestador de serviços para se tornar em curto espaço de tempo um CENTRO GERADOR DE IDEIAS E INOVAÇÃO, onde empresários e empreendedores podem se encontrar e participar ativamente desta usina geradora de oportunidades pensar negócios de uma maneira diferenciada.


Não, não é apenas um local em que há sim muita tecnologia de ponta. Isto, por si, seria apenas um parque de diversões. É algo maior, muito maior, é uma proposta de conduzir o parque produtivo de Marília para um patamar que poucas cidades podem oferecer. É a tradução do conceito de  AMBIENTE DE INOVAÇÃO.

A nova ACIM é um Centro de Design Inovador e de Aceleração Econômica e para participar de tudo isto basta uma simples atitude: Colar na proposta e se integrar, trazer e compartilhar idéias e soluções criativas. Desta forma todos ganham. Eu disse aos diretores que me recepcionaram neste encontro: “A ACIM deu o start para a concepção do conceito de "cidade criativa" e ao longo do tempo, com as conexões já existentes (Ganha Tempo, Prefeitura, Jucesp, Universidades e Conselhos Participativos) e,mais recente, a com a presença do SEBRAE neste contexto inteligente. Isto vai crescer de forma exponencial.”

Para ilustrar esta visão de futuro é como se várias teias se aproximassem de forma a criar uma TEIA MAIOR. Por natureza e concepção a teia tem o grande diferencial de que se pode tocar ou acionar qualquer ponto dela e em microssegundos toda a rede sabe que há algo novo ou se movimentando neste ambiente MACRO.

De novo eu digo: UAU! Que visão, que mágico!

São núcleos unidos por um conceito MAIOR que é fazer de Marília um grande centro de atração de novos investimentos e proporcionar oportunidades iguais para todos, não importando se você é MEI ou S/A, porque na prática todos são parte de uma grande cadeia produtiva chamada MARÍLIA.

Pense num comboio de trem, a locomotiva por ser mais forte, por ter máquinas e mais força e puxa para frente. Pode até chegar primeiro, porém com ela leva todo o comboio de vagões. Esta é a proposta e o movimento. E se mais adiante conseguirmos colocar mais duas ou tantas outras locomotivas ajudando neste percurso. Já pensaram que energia, que força, que potencial temos em mãos e disponível?


Creio que este seja o ponto central de tudo. Saber que neste mundo novo, neste momento em que velhos conceitos e práticas que já deram (e ainda podem dar certo por algum tempo) é preciso ter um pé na frente para enfrentar a tal competitividade entre municípios e regiões de desenvolvimento, algo que sempre foi e sempre será muito saudável. Alguém já disse que nada melhor do que a própria mudança para nos tirar da zona de conforto.

Não pude comparecer ao encontro com o governador Dória em que foram apresentadas as proposta de reorganização regional dos municípios na denominada  Aglomeração Urbana. Estava ministrando curso no Sebrae e comemorando notícia veiculada no Jornal da Manhã sobre o crescimento das MEIs, com dados comparativos entre março de 2020 e março de 21. Salvo engano foi na ordem de quase 20%.

Temos que unir esforços e criar uma agenda de visitas dos Secretários Estaduais, e do próprio governador para conhecer a ACIM e toda esta estrutura que foi montada para promover e inspirar a inovação para o comércio, a indústria e o setor de prestação de serviços.

Outras cidades de porte bem maior não contam com algo parecido. Marília será modelo, saiu na frente e por assim atuar será reconhecida como a cidade que mudou o conceito de prestação de serviços para associados e não associados da entidade que tem por missão fomentar os núcleos e as pessoas empreendedoras.


Por tudo isso e por muito mais a ACIM passa a compor a lista de locais que denominamos como cartões de visita da cidade de Marília e, por "assim ser",se torna um importante ponto turístico. Viva esta experiência, conheça a NOVA ACIM DE MARÍLIA e surpreenda-se.

Ivan Evangelista Junior, membro do Comtur/Marília e colaborador do EC Criativa CODEM - 

sábado, 17 de abril de 2021

Moradas e fachadas, memória cultural


A preservação de prédios históricos e fachadas sempre será assunto polêmico e de opiniões controversas. De um lado você tem núcleos familiares que herdam imobiliários e no processo de inventário da partilha dos bens quase sempre são colocados à venda.

Por outro ponto de vista manter prédios antigos e em condições de uso requer investimentos financeiros de porte. Tenhamos por base um imóvel que será destinado a locação comercial ou mesmo para uso de repartição pública cultural.
Antes de tudo o prédio terá que passar por adequações técnicas e às normas legais para receber o alvará de funcionamento. Envolve detalhes de tamanho de corredores, portas de acesso, rota e sinalização para projetos de prevenção de incêndios, banheiros com acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, substituição de encanamentos e rede de esgoto, cuidados com o telhado, verificação de capacidade estrutural para instalação de equipamentos de ar condicionado, hidrantes entre outros.
Um passo no sentido de incentivos seria, talvez, a redução ou isenção do IPTU para estes imóveis. Mas se formos por na balança contábil é um recurso pequeno diante desta lista parcial aqui mencionada.
O que temos visto é que enquanto possível as famílias mantêm estes prédios em seu patrimônio, vez ou outra fazem uma pintura aqui, outra melhoria ali, substituem beirais danificados, trocam telhas quebradas, arrumam um muro que apresentou rachaduras e assim vão levando. Até que um dia se rendem à especulação imobiliária e a venda é uma opção vantajosa. Isso é fato.
No caso de locação comercial é certo que os enorme painéis com nomes das lojas vão cobrir a fachada original. Para isso, um furo aqui, um suporte de ferro ali, um gancho, quebra lá, ajusta como dá e pronto, o esquadro de metalão está apto a receber a lona que vai cobrir toda a fachada.
Dias destes no prédio vizinho da Loja Paulistana, Rua São Luiz, acompanhei por alguns minutos o transtorno causado por uma calha de chuva avariada que inundou o estabelecimento. Instalação muito antiga e não era possível fazer reparo de urgência apenas naquele parte frontal. Estava tudo comprometido.
O inquilino ligou para o proprietário e pedia a troca geral do telhado e do sistema de calhas e coleta de águas de chuva Não esperei o desfecho, apenas ouvi uma frase que resume bem o assunto: "o ponto é bom, mas o prédio já não tem mais condições."
Daí a importância da memória fotográfica da cidade.

Neste conjunto aprecem quatro fachadas: a antiga pensão que ficava na esquina das Ruas Quatro de Abril com a Prudente de Moraes, a fachada da Casa da família Casadei, na Sampaio Vidal, o prédio da Associação dos Alfaiates e casa da Rua Prudente de Moraes que já foi até hospital.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Viva melhor. Seja sustentabilidade

 


Um passeio rápido hoje pela manhã pelas redondezas da Cascata para trocar os ares e foi possível apreciar as mudanças na paisagem em geral. O gado vacum continua pastando bem próximo da cerca que divisa o meio rural do urbano, com cara de paisagem vai mascando seu capim verdinho e olhando o movimento do outro lado da divisa.

Nas imediações da represa o novo loteamento grita em placa monstro que está 100% vendido. Máquinas enormes que mais parecem dragões ou dinossauros comem montes de terra e depois vomitam em outro canto e, assim, vão transformando a paisagem ao seu entorno e desenhando quadros simétricos para receber as novas casas.


A represa depois de amargar seca das mais intensas e se tornar manchete da sinônima agonia que vivemos nesta pandemia agora bufa de água. Coisa que deu certo foram as lixeiras instaladas pela Ong Origem e que resistem fortemente e servem ao seu propósito. Observado menos lixo nas margens e muitas lixeiras cheias aguardando a coleta.


Completando o circuito vou até a área vizinha do aeroporto (Praia dos Spotters) que faz divisa com a Cascata e já se tornou local de grande visitação, especialmente, nos finais de semana e feriados. É comum ver rodas de jovens que aproveitam o espaço aberto para curtir músicas, tomar um Tereré , estender pano sobre a grama e tirar um cochilo...viver a vida.

Neste local o lixo também é problema. Muitas garrafas e embalagens de alimentos consumidos. Fato lamentável visto que famílias e crianças são frequentadores assíduos e aproveitam dias de sol para brincadeiras e lanches e manter limpo é condição ímpar para a melhor qualidade de vida de todos.


Na extensão da Av. Brigadeiro, lado direito, sentido centro-bairro, já está quase pronta a nova calçada que vai seguir até o final da Rua Antônio Serapilha. Uma extensa passarela de concreto que dá novo visual nos limites da fazenda com a avenida e vai se transformar em mais uma via privilegiada para corridas e caminhadas.

No percurso encontrei amigo sempre bem informado que comentou sobre o andamento das ações de privatização do aeroporto local. Segundo ele o processo se concretiza em março próximo e a partir daí a nova gestora terá prazo determinado para realizar as modernizações necessárias. Expansão da área de embarque e a construção de nova pista, paralela à principal, para manobras de aeronaves durante procedimentos de pouso ou decolagem são itens de prioridade.

E ao retornar para o escritório recebo boas novas sobre mais uma ação de conservação e sustentabilidade promovida pelo Grupo Vertical Rapel que reúne adeptos dos esportes radicais na região de Marília. Eles confeccionaram e instalaram placas coloridas com frases de apelo aos necessários cuidados com o meio ambiente.

O lixo é sempre o maior problema dos espaços públicos. A conscientização é o melhor caminho para reduzir a indiferença. Parabéns pela iniciativa.

* (Ivan Evangelista Jr - Membro do Comtur -Conselho Municipal de Turismo e colaborador do Codem – Conselho de Desenvolvimento Estratégico de Marília)

domingo, 17 de janeiro de 2021

Goiabeiras da nossa infância

 

Era o sonho deles. Uma casa na árvore.


Demorou mas enfim eles conseguiram. E foi no sistema mutirão, cada um ajudou um pouco e o sonho se tornou realidade em quatro dias. Tudo vistoriado e acompanhado bem de perto pelas crianças.

Todo homem é meio macaco e não por menos dizem por aí que somos deles os descendentes. Subir em árvores é algo encantador, que o digam as goiabeiras e seus galhos que se transformam em espaçonaves voadoras e se embrenham pelo universo. Se tiver goiaba, verde ou madura, o serviço de bordo é completo.

Na lida com as madeiras eu me lembrei que meu pai tinha o queixo torto porque caiu de um abacateiro e bateu com a cara no chão. Naquele tempo remédio era caseiro, tomou chá de tudo quanto é erva para tirar a dor e esperou “voltar no lugar”. Tomou sopa  e mingau de aveia que chegou a ficar enojado. Demorou tempo passar para poder mexer a boca e mastigar algo mais sólido.

O rosto ficou meio fora do esquadro, mas os movimentos voltaram e isto era o que importava. Abacateiro é traiçoeiro, já a goiabeira é mais confiável e para quebrar um galho tem que ser muito peso. Na falta da goiabeira foi outra espécie que serviu de base para o clubinho dos meninos.

Dos meninos? Bem, eles até que tentam segurar a onda e insistem em não deixar as meninas subirem, mas sabe como é mulher contrariada, pior que enxame brabo de abelha. Pelo menos é o que dizem por aí; vai saber se é verdade?

S


Só sei que desde que o clubinho ficou pronto o relógio precisou espichar as horas do dia. Sobem a escada com suco e o lanche, descem com brinquedos, sobem com guarda-chuva, descem com martelo, sobem com balde de terra e descem com as unhas tão encardidas que dá até gosto de ver. Nada que um bom banho não resolva.

E as meninas? Elas sobem a escada, eles, fecham a porta. Não demora vem o grito: abre ou eu vou chamar a vovó. Elas sabem que as avós são advogadas natas para as  causas mais difíceis. Apelam na primeira, na segunda e em quantas instâncias forem necessárias.

Tá bom então, vamos acabar com essa pendenga. Fazemos um clubinho das meninas na parte debaixo. Feito? – Nannaninanão.... eles ficam embaixo e a gente vai pra cima! Eita! Até que foi uma tentativa.

É, vamos ter que ir ajeitando as coisas como dá e as meninas vão continuar visitando o clubinho dos meninos ainda que o ingresso seja no grito.


Querem saber de uma coisa meninos?  Aproveitem enquanto elas ainda não pegam na vassoura. Quando vocês menos esperarem vão ter que tirar o chinelo pra entrar porque está tudo limpo. Dizem que é assim que tudo começou. É o que dizem.

Aproveitem, deixem o celular e o computador de lado, brinquem muito, riam bastante e curtam cada momento. A vida é boa demais e casa na árvore é tudo de bom.

Vou lhes contar um segredo: as goiabeiras estão acabando.

Ivan Evangelista Junior, membro da Comissão de Registros Históricos de Marília