sábado, 16 de fevereiro de 2019

Turismo rural em Marília

Forma-se o primeiro núcleo de empreendedores do setor

Graziela Grecco
Sensibilização 
Cerca de 23 empreendedores aderiram ao núcleo
E hoje foi dia de rever amigos de muita estima e aprender mais sobre um tema apaixonante - o Turismo Rural.
A expositora foi a amiga Graziela Grecco que atua pelo SENAR em parceria com o Sindicato Rural. Pequenos produtores de Marília, de Julio Mesquita, Padre Nóbrega e da cidade de Vera Cruz se reuniram no Sítio Horizonte Azul para ouvir os benefícios que o Turismo Rural pode trazer para as propriedades e para os proprietários.
Sem contar a mesa do café do manhã que estava deliciosa, com queijinho fresco, queijo meia cura, café da roça, bolo caipira, mamão tirado do pé fatiado na hora, tudo arrumado com muito carinho pelos anfitriões.
Graziela mostrou vários exemplos de projetos em que já atuou como monitora, falou dos erros e dos acertos, um método natural para quem se aventura no ramo, dos investimentos e da previsão da receita quando as coisas começarem a rodar e os turistas frequentando as propriedades.

No turismo rural o todo é formado pelas partes, neste caso, as partes são cada um dos empreendedores rurais que se integram ao novo projeto. Cada propriedade tem sua característica, seu manejo, seu ritmo e na oferta do pacote de passeio, por exemplo, o turista pode começar o dia tomando o café da manhã numa propriedade, depois vai passear e conhecer atrativos naturais em outra, poderá almoçar numa terceira, poderá fazer compras de produtos orgânicos, ovos caipira, frutas frescas tiradas do pé, fazer trilhas, tomar banho de água limpa na cachoeira, pescar no lago, andar a cavalo...

Feliz pelo amigo Braz Nogueira que vinha desejando este núcleo já de algum tempo, feliz por rever a Grá (ziela), consultora e proprietária da Fazenda Santo Antonio em Sabino-Sp, grato por conhecer, rever e fazer novos amigos, Sra. Delzira, Da. Santina, que tem sua própria marca de café e mais uma quantidade de gente feliz.
Serão 10 meses de trabalho intenso e de novos aprendizados. Mesquita tem muita história para agregar no contexto do turismo rural: tem o Morro Redondo, tem o Córrego da Quarentena, tem a serra no limite com Marília onde o paleontólogo William Roberto Nava descobriu os fosseis do Titanossauro, tem violeiro, tem gente que trabalha com couro, tem gente que sabe fazer artesanato. Bora lá descobrir mais e juntar tudo isso num enredo que vai fazer muita gente feliz.
Parabéns a todos, força, foco e bom planejamento.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Atitudes empreendedoras na atividade artesanal

Auditório no Sebrae
Na segunda-feira eu participei de um encontro de artesãos promovido pelo Sebrae-Marília, em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura no auditório do Sebrae,  localizado na Av. Brasil nº 412. Já de início me surpreendi com o público, cerca de 50 pessoas estavam presentes sendo a maioria de mulheres e com representação local e das cidades de Garça, Oriente e Pompéia.
Após as devidas apresentações e gentil acolhida dos organizadores teve início uma dinâmica bem produtiva que consistiu em levantar os “problemas” do segmento e, posteriormente, coletar sugestões do grupo que possam amenizar ou anular as situações desfavoráveis para um melhor desempenho empreendedor. Deixei a palavra problemas propositadamente entre aspas porque é ainda uma atividade que está se organizando, assim sendo, podem ser entraves de uma primeira hora.
Mas a parte melhor ficou por conta das apresentações, aquele momento mágico onde cada um pode dizer quem é e o que faz, necessariamente nesta ordem. Sim, nós seres humanos sentimos a necessidade de dizer quem somos, dizer o nome, e falaram como foi bom estar ali e sobre o que fazem. É foi neste clima que aconteceu o engajamento, o sentimento bom de pertencer, de somar, de integra-se a uma liga de pessoas que curtem e valorizam trabalhos manuais. Foi muito interessante notar a identificação coletiva sendo construída com as falas e curtos depoimentos.
Como observador e apoiador do evento, por conta de que o artesanato está intrinsecamente ligado ao turismo receptivo, tema que trabalho de algum tempo em meus escritos e palestras, eu aprendi uma série de novas terminologias, como por exemplo: biscuit, frivolité, costura criativa, mosaico, arranjos florais, filtro dos sonhos, saboaria artesanal e outras tantas habilidades manuais. Não somente eu, mas creio que todos os participantes ficaram surpresos com a diversidade artística ali presente.

Dinossauros são uma boa temática
O turismo e o artesanato têm isso de bom; é tudo alto astral, é bom humor, é a integração cultural e social na cumplicidade na arte e a vontade de sempre melhorar os processos. O pessoal da secretaria da Cultura explicou os caminhos para se obter a carteirinha de artesão expedida pela SUTACO e o que este documento representa para o artesão que pretende participar de exposições e mostras nos grandes centros.



Das sugestões a que mais se repetiu foi a necessidade comum de contarem com um espaço para expor e vender as produções. Porém, por ser uma atividade artesanal, que tem na inspiração a sua principal matéria prima, seguida da literal mão na massa, e preciso antes de tudo trilhar um caminho que alie a arte com a gestão para resultados.

Consultora do Sebrae falando sobre gestão
No final a equipe do Sebrae apresentou um plano de trabalho com duração de 10 meses, sendo um encontro mensal, que visa a melhor capacitação dos empreendedores e o repasse de técnicas de gestão que vão contribuir para um melhor resultado econômico na atividade artesanal.
Ficou agendado para o dia 27 de fevereiro um próximo encontro com o grupo. Na oportunidade, estarei lá como membro voluntário da Comissão de Registros Históricos e do Conselho Municipal de Turismo e vou falar sobre a história de Marília, nossos pioneiros, nossos valores culturais e os encantos naturais da cidade e da região. A ideia é que esta exposição possa contribuir para novas temáticas nos trabalhos manuais e buscarmos em conjunto uma maior contextualização cultural do artesanato local.