quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Dinheiro não cai do céu

A história de Marília passa pelas estradas rurais e fazendas, de onde vieram as primeiras mercadorias para comercialização no centro urbano, ou seja, na cidade de Marília.
Pioneiros nos contam que trazer estas mercadorias dos sítios até a cidade era um desafio dos grandes. Estradas de terra e serras, como esta de Avencas, por onde andavam as carroças, as jardineiras e os Fordinhos carregados com toras, algodão, amendoim e o café.
Ontem eu encontrei a esposa do presidente da Câmara Municipal e ela me contou que tem uma prima que foi criada na Fazenda São Francisco. A senhora está com mais de 90 anos e tem memória fresca do passado.
A fazenda ficava nas imediações da sede da Coca-Cola e ainda guarda a casa onde a família cresceu e se multiplicou. Dei a sugestão de gravarmos uma entrevista pela Comissão de Registros Históricos.
Avencas, Dirceu, bairro da Catequese,Água da Cobra, Formiga, Macuco I e II, bairro Mesquita.
E a Vila Aldênia, alguém já ouviu falar?
Conheci o lugar em visita com o amigo William William Roberto Nava durante uma das expedições de pesquisa em que eu o acompanhei.Foi uma região campeã na produção de algodão e grãos.
A vila é na verdade uma única rua, onde havia uma venda e dois barracões, um para exibição de filmes e outro onde funcionava o açougue local e tamanho era movimento que segundo relatos chegavam a comercializar até 3 bois em dias movimentados.
Meu sogro, Pauliono Munhoz Plaça, contou que na Vila Audênia tinha corrida de mula, jogo de baralho, cantoria e fila de caminhões carregados que tinham por destino Marília, trazendo a produção para o Zillo, para o Matarazzo, para a Indústria Senhorinha, para as máquinas de beneficiamento dos Novaes e dos Montolar, para as máquinas de beneficiamento de arroz e para o Bereta, que fazia farinha de milho.
Depois de entregar a colheita e receber o pagamento o destino era a Rua Cel. Galdino, os homens, e as mulheres a São Luiz. Na Galdino era a compra do mês, daquilo que geralmente não se produzia na propriedade rural; a cachaça, que não podia faltar, a farinha, o açúcar, o bacalhau,a sardinha salgada, a soda pra fazer sabão,a lata de fumo de corda,tudo a granel, nada de picadinho.Nas portas dos armazéns, os utensílios domésticos e da lida eram a decoração natural: chuveiro de balde, pás e enxadas, chapéus de palha, as famosas plantadeiras matracas, torrador de café, moinhos e cilindros (sonho de consumo), entre outros.
E claro que não deixavam de passar na Selaria São José, a cavalo ou a pé, para comprar pólvora, chumbo e a escorva (espoleta), pois nesse tempo a caça era fonte de alimentação e também o lazer para o povo da roça.
Nas lojas do comércio as mulheres buscavam as chitas e as flanelas para para a confecção de roupas de acordo com a estação. Dinheiro contado, regatear preço e escolher o simples que supria necessidades básicas, dinheiro suado, vindo da lida no campo e de economia de muito tempo.
O calendário das vendas era regido pelo mesmo calendário das colheitas. Tudo dependia do tempo e das chuvas, depois, das estradas para chegar até a cidade. Por isso que se dizia que dinheiro não cai do céu.

Para aproveitar o movimento da estação de trem e da rodoviária outra opção era trazer gêneros para comercializar nas feiras-livres, uma tradição da cidade como mostra esta foto de 1930.
Ivan Evangelista Jr - Membro da Comissão de Registros Históricos de Marília

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Bradesco - Tudo começou com a Casa Almeida







A notícia do falecimento do Sr. Lázaro Brandão, também denominado pela grande imprensa como “último sobrevivente da Casa Almeida” foi destaque nas principais mídias do país. Aos 93 anos de idade, Lázaro Brandão era o sucessor do Sr. Amador Aguiar, executivo que foi responsável pela transição da Casa Almeida para o Bradesco – Banco Brasileiro de Descontos e que teve sua primeira agência na Av. Sampaio Vidal (mostra foto da agência).

Desde então, baseado na formula da simplicidade com criatividade o banco não parou mais de crescer e se tornou uma das principais instituições financeiras do país e do mundo. E por conta do respeito às suas origens foi aqui na cidade de Marília que o Bradesco instalou seu primeiro Caixa Eletrônico , o que na época foi um grande passo para a modernidade e razão para atrair novos clientes e fidelizar os já correntistas.
Desde então o banco não mais parou de investir na apresentação visual das agências, interna e externa, de forma a sempre manter uma posição de destaque em meio a paisagem urbana. Em Marília esta mesma agência chegou a ter toda a sua fachada em pedras de mármore, um ícone simbólico de sua estrutura forte e imponente, até chegar a este visual mais clean, com cores mais vibrantes, uma fachada que remete e se integra com todo o ambiente  digital que o banco utiliza na atualidade na relação com seus clientes.




Por ser a pioneira Marília também foi berço de formação de gerentes comerciais que depois de atuar por um período na agência nº 1 foram requisitados e promovidos pelo banco para gerenciar novas e maiores agências. Conhecer a cultura, a história do banco,  sempre fez muita  diferença e neste quesito os gerentes que passaram por Marília sempre tiveram uma vantagem, afinal, a agência Marília podemos dizer que sempre foi a queridinha de todos.



Na revista comemorativa dos 50 anos do Bradesco o banco que se orgulha de ser o mais popular homenageia novamente a cidade e conta com orgulho que nasceu  com o modesto capital de 10 milhões de cruzeiros, e naquele momento histórico era dono de 15 milhões de contas, 47 empresas e 8% do PIB. Nas fotos ilustrativas da revista destaque para os modernos terminais de atendimento de caixa e máquina de Cheque Expresso Bradesco.

Nesta mesma edição outra foto muito simbólica para cidade e nossa história onde o senhor Lázaro de Melo Brandão, ao lado do então prefeito de Marília  Dr. José Salomão Aukar, acompanhados pelo senhor Francisco Montolar, vereador e presidente da Câmara Municipal de Marília na mesma época, descerraram a placa do Jubileu de Ouro do Bradesco. Momentos de alegria e de tristeza de coincidências que o acaso do destino nos prega, pois na mesma semana os dois personagens centrais da foto nos deixaram – Dr. Salomão Aukar faleceu na terça-feira, 15/10/2019, aos 88 anos, e Dr. Lázaro Brandão faleceu no dia seguinte aos 93 anos.  Homens de fibra, com visão de futuro e apaixonados pela cidade. Lázaro Brandão foi recebido no gabinete do prefeito com os devidos protocolos de visitante ilustre.
Em Marília o Banco aprendeu a abrir cedo e fechar tarde. Estar ao lado do cliente tinha um significado especial, ter os gerentes instalados na entrada das agências e esticar o expediente até as 18 horas para evitar que alguém deixasse de ser atendido. Marília foi um marco no atendimento de massas.

Outro marco histórico do Bradesco foi a institucionalização da “Moça Bradesco” , uma ação que mexeu com o tradicional atendimento bancário e que novamente surpreendeu os clientes, do próprio banco e de outros bancos. As moças Bradesco tinham a missão de promover um atendimento Vip a todos que entrassem na agência, encaminhando os clientes para os caixas ou para o atendimento da gerência.Foi  o início da customização dos serviços. Sempre muito bem vestidas com o tradicional uniforme nas cores vermelho e branco, visual impecável,destacavam-se dos demais colegas na agência. 

Elas também vendiam produtos e serviços do banco, uma equipe de linha de frente com treinamento para encantar clientes.



Brandão foi presidente executivo do Bradesco de 1981 a 1999 quando passou a apenas presidir o conselho de administração, função que já acumulava desde 1990 e de onde saiu em 2017. E o Banco novamente prestigia a cidade elegendo para o lugar de Lázaro Brandão, o cidadão mariliense Luiz Carlos Trabuco Cappi. Trabuco está à frente do Bradesco desde 2009.
Hoje o Bradesco tem várias agências na cidade, porém  a agência número 1 continua sendo o principal cartão postal.
E assim o Bradesco continua sua história em Marília, com toda esta tecnologia e mantendo a tradição de ser um banco do povo. 

Marília que também é berço da TAM, que foi a primeira cidade do Brasil a contar com uma rodoviária, que é Símbolo de Amor e Liberdade e a Capital Nacional do Alimento, tem igualmente muito orgulho de manter vivas suas raízes, de cultuar e reverenciar personagens que contribuíram para o seu desenvolvimento.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

HAVAN, A experiência que começa no aperto das mãos


Por volta das 9h05 da manhã de quarta-feira, dia 15/05/19. O som agudo de turbinas em alta rotação cortou a diagonal da cidade e despertou a atenção e os olhares de muitos marilienses. Ainda que muito rápido foi possível registrar a imagem de uma bela aeronave nas cores azul e branca com o prefixo PR-HNG que em poucos minutos pousou na pista 2.1 do aeroporto local.
As listras azuis que decoram a fuselagem remetem aos movimentos do vento, uma dinâmica gráfica que inspira a sensação da velocidade, ou seja, a mesma velocidade com a qual o seu proprietário impulsiona os seus negócios, o líder da maior loja de departamentos do Brasil.
Seu nome é Luciano Hang, empresário e presidente da HAVAN personagem que se tornou mais conhecido, e mais popular, no período pré-eleitoral  por suas postagens nas redes oficiais demonstrando pleno apoio e confiança no então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro. Durante este tempo ele adotou, e também os funcionários da rede, a camiseta nas cores verde e amarelo com a frase assertiva: “O Brasil que nós queremos só depende de nós.”
Extrovertido e muito pró-ativo em suas falas ele já anunciava a expansão dos seus empreendimentos com a instalação de novas lojas em todo o território brasileiro, contribuindo, desta forma, para a geração de novos empregos e a renda familiar. Foi neste cenário dos acontecimentos que Marília entrou na lista das cidades contempladas e o terreno ao lado da rodoviária, estrategicamente adquirido para ancorar a sede e a réplica da Estátua da Liberdade com 35 metros de altura. Será o novo cartão postal da cidade para quem chega pela SP 294.
O avião que pousou nesta manhã trouxe comitiva liderada pelo primo do empresário, o igualmente simpático e dinâmico Marcio Hang. Vieram visitar a obra que já se encontra bem adiantada e também estabelecer o marco da instalação da base de sustentação da estátua. A previsão da inauguração é para o dia 14 de agosto, e se depender do ânimo e da postura de todos que estão envolvidos com a obra a meta será cumprida no prazo.
Estive no local para fazer algumas fotos tendo em vista a importância do evento e a contribuição para os arquivos dos arquivos da Comissão de Registros Históricos de Marília. Durante a inspeção técnica ele me avistou do outro lado da cerca divisória com a máquina fotográfica, se aproximou e estendeu a mão, se apresentou e me cumprimentou de uma maneira muito simpática. Nesta oportunidade eu disse a ele sobre a honra de contarmos em Marília com este belo investimento e da nossa admiração quanto à tecnologia que está sendo utilizada na obra que a cada dia transforma o cenário da região.
Foi ali que eu percebi que a simpatia e a empatia, assim como a estátua da liberdade, são marcas registradas da grande família Hang. Muito solícito e sorridente ele comentou sobre detalhes da obra, sobre as constantes viagens que está fazendo a bordo do magnífico Jato Bombardier para acompanhar as 12 lojas em construção. Entremeio às conversas ele trocava informações com o mestre de obras que o acompanhava, sobre os declínios do terreno e as rampas de acesso, a posição dos portões e a área para manobras dos caminhões, a visibilidade dos letreiros e das fachadas, entre outros assuntos.

Planta do prédio sempre ao alcance da mão ele parava aqui e ali, apontava para detalhes do canteiro de obras e foi quando retornou para continuarmos a conversa. Em dado momento ao ouvir meus comentários sobre a passagem da aeronave sobre a cidade ele me perguntou se eu gostava de avião.  Respondi que sim, que entre outras atividades de lazer está a de fotografar aeronaves.
Eu a bordo do Bombardier




Neste momento Márcio Hang me surpreende novamente e convida para conhecer o Bombardier estacionado no pátio local, e já anunciou que para a inauguração a aeronave que pousará em Marília será um Global 6000, juntando-se a atual frota da empresa que conta com três aeronaves. Uau! Foi um momento mágico.

E o encantamento continua. Antecipei-me no deslocamento até o aeroporto para aguardar a sua chegada e lá conheci o igualmente simpático José, piloto que fez as honras da casa e me convidou para conhecer o interior da aeronave. Uau! De novo; que experiência!




Ivan e Marcio Hang
A tripulação chegou e nos despedimos com a promessa de um café no retorno à Marília. Por toda esta narrativa aqui compartilhada é que decidi dar o título acima para o presente artigo.

A Havan já está presente na cidade e em nossos laços de amizade e certamente fazer compras na nova loja será uma experiência incrível. Afinal, encantar o cliente é o que conta e no que depender dos seus diretores e funcionários a experiência é das melhores.


Sejam sempre bem vindos!

Frota de aeronaves da HAVAN


Ivan Evangelista Jr é Coach com formação pelo SLAC,  membro da Comissão de Registros Históricos de Marília, fotógrafo e Spotter.


domingo, 28 de abril de 2019

Horta urbana pra turista ver e comer



Foi na reunião ordinária do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo que aconteceu nesta quinta-feira, 25/04, nas dependências do Quality Sun Valley Hotel.

Cheguei bem cedinho e enquanto aguardava os colegas eu me deparei com uma imagem inusitada, uma horta, aliás, uma vistosa horta bem no meio das instalações das piscinas e da área de lazer.




Lá de cima da sacada a imagem já despertou meus sentidos, e claro, decidi que não poderia deixar de conhecer de perto os canteiros. Tudo muito bonito, cheirando a um frescor de dar água na boca e, com os raios da manhã passando pela fina tela de proteção solar o cenário estava perfeito. Procurei informações e descobri que o projeto tem mais de um ano.

Segundo me contaram, a iniciativa foi da Graziela, gerente operacional, que ao observar a lista de produtos para compor as refeições ela entendeu que podia ter algo mais caseiro, mais saudável e com a vantagem de estar tudo ali, ao alcance das mãos e ainda agregar o valor da sustentabilidade para os serviços de excelência já prestados pelo hotel e ainda fazendo economia.

Feita e aprovada a proposta pela diretoria o projeto teve início. O hotel foi buscar um produtor rural que tem conhecimento da cultura de hortaliças para por em prática a ideia. O hotel fornece os insumos: as sementes, a terra fértil, os sombrites, e também instalou o sistema de irrigação e gotejamento que facilita o processo de cultivo e economiza tempo.
O parceiro contratado vai duas vezes por semana, cuida das hortas, faz a colheita dos produtos que estão no ponto de consumo e entrega na cozinha. Depois de devidamente higienizados a turma dos cucas montam aqueles pratos que mais parecem floreiras decoradas, coisa de encher os olhos e de dar água na boca dos hóspedes, assim, o ciclo mágico se completa. 


E olha só que bacana; parte dos produtos chega à mesa dos trabalhadores que fazem as refeições na casa, até porque a fartura é visível e não custa nada oferecer um agrado aos que estão na lida diária.

A trilha final desta atitude pode ser descrita assim: idéias sustentáveis + aproveitamento de área ociosa + cultivo saudável + mais saúde na mesa + maior cuidado com o meio ambiente  + economia =  hóspedes felizes.

Enquanto colhia estas estas informações eu fiquei pensando quantas outras iniciativas iguais a esta existem na cidade e que nem sempre nós sabemos. Eu já li sobre alguns hotéis da França que instalaram colmeias nos telhados para oferecer mel fresco e de boa qualidade aos hóspedes.

Quality Sun Valley está de parabéns. Tudo muito bem cuidado, área de lazer linda, limpa e tudo por lá transpira vida e alegria no que fazem, afinal, alguém já disse sabiamente que receber bem as pessoas é uma arte.

Por essas e por outras é que eu digo que Marília, cada vez mais, nos surpreende com seus encantos. Tem que andar e conferir.

Ivan Evangelista Jr é membro do COMTUR-Marília e membro da Comissão de Registros Históricos de Marília 

quinta-feira, 25 de abril de 2019

QUEBRANDO O CICLO DO CONSUMISMO COM O COACHING

Pesquisas mostram que 80% das nossas decisões são tomadas por impulso, ou seja, a grande parte do que falamos, a forma como reagimos a um estímulo e até mesmo dos nossos atos de consumo diário de bens e serviços não passam pelo filtro da razão.

Se você tem dúvidas sobre esta afirmação, basta observar o seu ambiente e conferir quantas coisas foram compradas e não foram utilizadas, mais do que uma ou duas vezes. Se você já abriu seu guarda-roupas ou a sapateira e sentiu esta emoção, seja bem-vindo.

Quebrando O Ciclo Do Consumismo Com o Coaching









Depois que os cartões magnéticos foram introduzidos no mercado, este cenário da 
impulsividade se tornou crescente entre as pessoas, pois, com ou sem dinheiro na conta quando são estimuladas vão consumir.

Ao saberem que tem crédito ou limite, usam desta informação para satisfazer a necessidade naquele exato momento. O grande problema está na sensação de culpa que ocorre após o fato consumado. Essa sensação gera uma série de emoções negativas que vão impactar, no futuro, ou mesmo no presente, em outras decisões de sua vida. Chegará o momento que a razão vai cobrar a sua falta de cuidado com as finanças pessoais.

Ao identificar-se como consumista impulsiva, a pessoa já deu um grande passo. Depois de ter consciência sobre seu comportamento, que te limita de coisas, como, por exemplo, impedimento de um curso superior ou a realização de uma pós-graduação.

Para essa causa e tantas outras, o indivíduo pode buscar o auxílio de um coach, que vai apoiá-lo nas decisões pela busca de uma nova performance nas relações de consumo.

Através do processo de Coaching é possível entender a importância da correta escolha dos seus valores e a correlação estreita que os mesmos mantêm com suas prioridades.

Durante o processo de Coaching, o coachee (cliente) responderá uma ferramenta: a matriz de perdas e ganhos. Por meio desse método, enxergará o que seus atos geram e como impactam de forma negativa e positiva nos processos decisórios. 
É assim que você pode usar o processo de Coaching para quebrar o ciclo da impulsividade e a ter mais recursos para investir em áreas que realmente vão fazer a diferença na sua carreira e na vida pessoal e ser mais feliz.

Por Ivan Evangelista Jr.


sábado, 16 de fevereiro de 2019

Turismo rural em Marília

Forma-se o primeiro núcleo de empreendedores do setor

Graziela Grecco
Sensibilização 
Cerca de 23 empreendedores aderiram ao núcleo
E hoje foi dia de rever amigos de muita estima e aprender mais sobre um tema apaixonante - o Turismo Rural.
A expositora foi a amiga Graziela Grecco que atua pelo SENAR em parceria com o Sindicato Rural. Pequenos produtores de Marília, de Julio Mesquita, Padre Nóbrega e da cidade de Vera Cruz se reuniram no Sítio Horizonte Azul para ouvir os benefícios que o Turismo Rural pode trazer para as propriedades e para os proprietários.
Sem contar a mesa do café do manhã que estava deliciosa, com queijinho fresco, queijo meia cura, café da roça, bolo caipira, mamão tirado do pé fatiado na hora, tudo arrumado com muito carinho pelos anfitriões.
Graziela mostrou vários exemplos de projetos em que já atuou como monitora, falou dos erros e dos acertos, um método natural para quem se aventura no ramo, dos investimentos e da previsão da receita quando as coisas começarem a rodar e os turistas frequentando as propriedades.

No turismo rural o todo é formado pelas partes, neste caso, as partes são cada um dos empreendedores rurais que se integram ao novo projeto. Cada propriedade tem sua característica, seu manejo, seu ritmo e na oferta do pacote de passeio, por exemplo, o turista pode começar o dia tomando o café da manhã numa propriedade, depois vai passear e conhecer atrativos naturais em outra, poderá almoçar numa terceira, poderá fazer compras de produtos orgânicos, ovos caipira, frutas frescas tiradas do pé, fazer trilhas, tomar banho de água limpa na cachoeira, pescar no lago, andar a cavalo...

Feliz pelo amigo Braz Nogueira que vinha desejando este núcleo já de algum tempo, feliz por rever a Grá (ziela), consultora e proprietária da Fazenda Santo Antonio em Sabino-Sp, grato por conhecer, rever e fazer novos amigos, Sra. Delzira, Da. Santina, que tem sua própria marca de café e mais uma quantidade de gente feliz.
Serão 10 meses de trabalho intenso e de novos aprendizados. Mesquita tem muita história para agregar no contexto do turismo rural: tem o Morro Redondo, tem o Córrego da Quarentena, tem a serra no limite com Marília onde o paleontólogo William Roberto Nava descobriu os fosseis do Titanossauro, tem violeiro, tem gente que trabalha com couro, tem gente que sabe fazer artesanato. Bora lá descobrir mais e juntar tudo isso num enredo que vai fazer muita gente feliz.
Parabéns a todos, força, foco e bom planejamento.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Atitudes empreendedoras na atividade artesanal

Auditório no Sebrae
Na segunda-feira eu participei de um encontro de artesãos promovido pelo Sebrae-Marília, em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura no auditório do Sebrae,  localizado na Av. Brasil nº 412. Já de início me surpreendi com o público, cerca de 50 pessoas estavam presentes sendo a maioria de mulheres e com representação local e das cidades de Garça, Oriente e Pompéia.
Após as devidas apresentações e gentil acolhida dos organizadores teve início uma dinâmica bem produtiva que consistiu em levantar os “problemas” do segmento e, posteriormente, coletar sugestões do grupo que possam amenizar ou anular as situações desfavoráveis para um melhor desempenho empreendedor. Deixei a palavra problemas propositadamente entre aspas porque é ainda uma atividade que está se organizando, assim sendo, podem ser entraves de uma primeira hora.
Mas a parte melhor ficou por conta das apresentações, aquele momento mágico onde cada um pode dizer quem é e o que faz, necessariamente nesta ordem. Sim, nós seres humanos sentimos a necessidade de dizer quem somos, dizer o nome, e falaram como foi bom estar ali e sobre o que fazem. É foi neste clima que aconteceu o engajamento, o sentimento bom de pertencer, de somar, de integra-se a uma liga de pessoas que curtem e valorizam trabalhos manuais. Foi muito interessante notar a identificação coletiva sendo construída com as falas e curtos depoimentos.
Como observador e apoiador do evento, por conta de que o artesanato está intrinsecamente ligado ao turismo receptivo, tema que trabalho de algum tempo em meus escritos e palestras, eu aprendi uma série de novas terminologias, como por exemplo: biscuit, frivolité, costura criativa, mosaico, arranjos florais, filtro dos sonhos, saboaria artesanal e outras tantas habilidades manuais. Não somente eu, mas creio que todos os participantes ficaram surpresos com a diversidade artística ali presente.

Dinossauros são uma boa temática
O turismo e o artesanato têm isso de bom; é tudo alto astral, é bom humor, é a integração cultural e social na cumplicidade na arte e a vontade de sempre melhorar os processos. O pessoal da secretaria da Cultura explicou os caminhos para se obter a carteirinha de artesão expedida pela SUTACO e o que este documento representa para o artesão que pretende participar de exposições e mostras nos grandes centros.



Das sugestões a que mais se repetiu foi a necessidade comum de contarem com um espaço para expor e vender as produções. Porém, por ser uma atividade artesanal, que tem na inspiração a sua principal matéria prima, seguida da literal mão na massa, e preciso antes de tudo trilhar um caminho que alie a arte com a gestão para resultados.

Consultora do Sebrae falando sobre gestão
No final a equipe do Sebrae apresentou um plano de trabalho com duração de 10 meses, sendo um encontro mensal, que visa a melhor capacitação dos empreendedores e o repasse de técnicas de gestão que vão contribuir para um melhor resultado econômico na atividade artesanal.
Ficou agendado para o dia 27 de fevereiro um próximo encontro com o grupo. Na oportunidade, estarei lá como membro voluntário da Comissão de Registros Históricos e do Conselho Municipal de Turismo e vou falar sobre a história de Marília, nossos pioneiros, nossos valores culturais e os encantos naturais da cidade e da região. A ideia é que esta exposição possa contribuir para novas temáticas nos trabalhos manuais e buscarmos em conjunto uma maior contextualização cultural do artesanato local.