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O conteúdo
deste artigo surgiu após a leitura da edição dominical (9/07) do jornal Folha
de São Paulo onde o tema tecnologia é vastamente explorado. Na pág. A23 um bom
texto sobre como a inteligência artificial está ganhando espaço nas empresas e
assumindo funções variadas.
Se ela ganha
espaço,pensei,nós humanos estamos perdendo espaços e fui conferir a realidade
dos fatos. Num outro artigo na mesma página já encontrei respostas: As empresas
que utilizam a inteligência artificial em suas tarefas afirmam que o avanço da
tecnologia no mercado não tornará o trabalho humano obsoleto, mas irá acabar
com muitas atividades repetitivas e que não exijam qualidades como empatia e
criatividade. Segundo seus pesquisadores a inteligência artificial será uma
ajudante dos humanos para tornar seu (o nosso)trabalho mais produtivo.
Daí eu
pensei: a gente tem que se preparar para se engajar nesta nova onda e entender
como utilizar as novas ferramentas a nosso favor, assim como, as universidades,
berço natural da formação de novos profissionais devem adequar suas matrizes
curriculares nos diferentes cursos para promover esta integração durante a fase
de construção do novo ser profissional que irá atuar neste mercado cada vez
mais competitivo e veloz.
A IBM fez
parceria com o Hospital do Câncer Mãe de Deus e utiliza o Watson (uma
plataforma de inteligência) para ajudar no diagnóstico e sugerir tratamento dos
pacientes. Outra empresa, a Kraft Heinz, já utiliza a inteligência artificial
na seleção de trainees. E ainda na área do direito,a Linte, é exemplo de uma empresa
que desenvolve inteligência artificial para o setor jurídico.
Esta
integração homem e softwares é como uma onda de tsunami que não temos como
segurar. Está acontecendo e será cada vez maior a cada dia. Exige de nós maior
atenção e o desenvolvimento de novas habilidades e competências para não perdermos
o barco da história. Falo aqui dos cinquentões, como eu, e desta moçada que
está entrando no mercado agora.
Mais adiante,
na mesma edição, uma outra matéria diz que as novas tecnologias já estão
ameaçando os trabalhadores indianos. De imediato eu fiz uma releitura mental do
best seller "O Mundo é
Plano", autoria de Thomaz Friedman,
que me encantou com suas revelações sobre a dança dos empregos na era da
tecnologia do século XXI.
Para
encerrar, na mesma edição (pag. B5-Cotidiano) fiquei sabendo que um novo
projeto na capital paulista está sensibilizando pessoas para doação de voz e
auxiliar outras pessoas que perderam a fala. Criada em 2016, a startup a
Soul-Vox tem como principal proposta humanizar a comunicação de pessoas após
complicações de saúde que comprometeram a fala, ou seja, humanizar o tratamento
e o pós tratamento.
Minha nossa.
Em uma única edição de domingo eu tomei uma overdose de ânimo e de adrenalina
para buscar contribuir cada vez mais com os processos de mudança do ensino e do
aprendizado nas universidades. Tudo depende de nós, educadores e professores, a
velocidade da mudança aumenta numa proporção randômica à nossa vontade e exige
mais flexibilidade em todos os sentidos. Bem-vindos ao futuro.
Ivan Evangelista Jr
É chefe de gabinete da
reitoria e membro do Grupo de Planejamento Estratégico do Univem/Marília
*Para leitura dos
artigos mencionados: