quarta-feira, 2 de março de 2011

Câmara dá posse à Comissão de Registros Históricos de Marília


Em cerimônia realizada na Câmara Municipal, na terça-feira, dia 2/02, tomaram posse os membros da Comissão de Registros Históricos de Marília, para mandato até dezembro de 2011. Sob a nova presidência do vereador Benedito Donizeti Alves, a Comissão continuará implementando ações no sentido de resgatar e preservar a memória do município, através da produção de artigos, da organização de documentos e fotos doadas à Comissão e de depoimentos de personagens históricos gravados em vídeo, acervo este que hoje já passa de 200 fitas.
Na solenidade, presidida pelo vereador e presidente da Câmara Municipal, Yoshio Takaoka, em nome dos colegas da Comissão, o Sr. Toninho Neto e a profa. Rosalina Tanuri agradeceram a oportunidade de dar continuidade ao trabalho e apresentaram novas solicitações, entre elas: a disponibilização de um veículo e equipe de filmagem para acompanhar membros da Comissão em visitas aos Distritos, principalmente onde serão gravados novos depoimentos de personagens que contribuíram de alguma forma para o desenvolvimento do município; a inserção de uma coluna semanal da Comissão de Registros Históricos nos jornais da cidade, veiculando artigos e textos, bem como informações gerais sobre personagens históricos que foram indicados para nomes de ruas da cidade, por exemplo, a criação dos novos bairros, os monumentos históricos e sua importância, nomes de praças públicas, entre outros. Na TV Câmara, está autorizada a realização de entrevistas e a gravação de novos documentários.
Neste contexto geral, o assunto tombamento do patrimônio histórico local, em parceria com o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é também pauta nas reuniões da Comissão. Por experiência de ofício, sabemos que não é fácil integrar interesses culturais com o tema desenvolvimento.
Algumas cidades já adotaram medidas no sentido de incentivar proprietários de prédios históricos a conservarem o patrimônio, sem, no entanto, abrir mão da autonomia de gestão do imóvel. Isenção ou subsídio no IPTU e de outras taxas municipais é um exemplo de ação que, mesmo não tendo um valor financeiro tão significativo, já é um bom começo para futuras discussões. Outra alternativa é o poder público municipal assumir a locação destes imóveis e instalar secretarias ou postos de atendimento, o que já dá uma alternativa de renda ao seu proprietário e promove a constante conservação.
Um bom exemplo em Marília foi a recuperação de parte da história da indústria Matarazzo, através das empresas Casa Sol - Materiais para Construção, que resgatou boa parte do prédio e da antiga sala de máquinas, e da Unik, empresa promotora de eventos que fez um belo trabalho na recuperação visual da chaminé, mantendo as características arquitetônicas do prédio e abrindo um belo cartão postal para a cidade.
A título de pesquisa, faço também a sugestão de leitura de texto sobre a iniciativa do tombamento do primeiro imóvel de alvenaria da cidade, com o título "Entre o poder público e o privado" , publicado em agosto de 2008 em:
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao32/materia02/

Ivan Evangelista Jr
É membro da Comissão de Registros Históricos de Marília,
Chefe de Gabinete e Gerente de Marketing do Univem.

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