O amigo Leonel
Nava me questionou se sabia da existência de uma Estação Ecológica em
Marília. Fiz algumas pesquisas e
encontrei informações a respeito do assunto, que também me surpreendeu, visto
que por se tratar de informação relevante poderia estar mais difundido.
Vista parcial da área |
No site Wiki
Aves (http://www.wikiaves.com.br/areas:esec_marilia:inicio) consta: “A Estação Ecológica de Marília é uma unidade
de conservação de proteção integral situada no município de Marília, Estado de
São Paulo, que possui área de 607,14 hectares e “tem por objetivo a preservação
dos ecossistemas e processos ecológicos, em zona de grande relevância
ambiental, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação
ambiental em contato
com a natureza” (Artigo 2º do Decreto nº
56.615, de 28 de dezembro de 2.010).A vegetação predominante é do tipo
Floresta Estacional Semidecidual, em cujo interior situam-se nascentes que
compõem o manancial da Bacia Hidrográfica Aguapeí-Peixe.“Os estudos geográficos
do município de Marília apontam que a cidade está em toda sua extensão situada
sobre o ramo ocidental da Serra dos Agudos que a atravessa de leste a oeste
(englobando inclusive os municípios vizinhos). Os rios então, nascem nestas
serras e fluem para dois lados: norte (para o Rio Aguapeí) ou sul (para o Rio
do Peixe). A região tem pouca vegetação nativa, há predomínio de campos abertos
e vegetação rasteira”
Antiga placa orienta visitantes |
Adicionar legenda |
Em outro
site encontrei mais estas informações: A Estação Ecológica de
Marília permitirá aumentar a proteção ambiental na região. O nível de preservação atual do
território é de cerca de 6,5%, índice inferior à média do estado (17,5%).O
local fica ao norte do município e detém animais e plantas ameaçados de
extinção. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, a medida também pode
estimular a pesquisa ambiental em Marília já que há forte presença de
universidades na região.
O
assunto se tornou curioso e me incentivou a organizar uma expedição in loco para conferir de perto todo este
contexto. Assim, no dia 13/06, me dirigi até a área mencionada, área esta
conhecida de muitos marilienses como Fazenda do Estado.
De
fato o nível de preservação é muito baixo, áreas enormes de pastos, quase nada de
vegetação nativa e o vento não encontra barreiras naturais na região. Mesmo
próximo da
ponte do Rio Tibiriça, onde muitas vezes pesquei Lambarís e Mandís, as
áreas verdes existentes são aglomerados de plantação de eucaliptos ou de pinus,
árvores introduzias na paisagem com vistas a cessar a ação danosa do
assoreamento e da erosão. Ainda que
verdejantes, o cenário geral é muito artificial.
Passando
pela sede da antiga Fazenda do Estado, seguimos sentido às margens do rio, o
que não foi possível porque encontramos porteiras com cadeados que
interromperam o caminho. Um fio de mata nativa pode ser observado nesta
trajetória, o que pode ser acompanhado pelas imagens aéreas do Google.
O
terreno é marcado pelo afloramento de rochas na estrada de chão, com sinais de
calcário e muita areia. Aqui ou ali um capoeirão de cana-de-açúcar que certamente
deve servir de complemento para a ração do gado. Poucas árvores nativas, entre
elas, paineiras, farinha seca, a ficheira e na beira do rio, de longe,
avista-se a forte presença da sangra d’água, o que pode ser um fio de esperança
neste cenário promissor.
De certo ponto da estrada pode-se observar no horizonte a cidade de Marília, um privilégio proporcionado pela curiosa condição geográfica do terreno regional.
Concluindo.
Se a ideia é fazer da área uma Estação
Ecológica, é preciso agilizar providências no sentido de criar uma
conscientização mais sistêmica entre os pequenos situantes da região, entrar,
forte, com educação ambiental nas escolas que as crianças ali moradoras
frequentam, incentivar o plantio de espécies nativas, de portes variados, bem
como de frutíferas, para contribuir na atração de pássaros e a fauna silvestre.
Ivan Evangelista Jr, membro da Comissão de Registros Históricos de Marília, fotógrafo e pesquisador.
Boa descrição do local e das dificuldades encontradas. Estão sendo retomadas as discussões que objetivam desenvolver um Plano de Manejo que propicie tornar a área uma verdadeira Estação Ecológica com fins conservacionistas, de pesquisa, e, por que não turísticos (sustentável).
ResponderExcluirGostaria de avisar a todos os interessados, que dia 18/01/17, às 9:00 na CATI (Marília), haverá uma reunião para tratar da continuidade do processo de implantação da Estação Ecológica de Marília. Se tiver interesse em participar desse processo, compareça.