quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Atitudes empreendedoras na atividade artesanal

Auditório no Sebrae
Na segunda-feira eu participei de um encontro de artesãos promovido pelo Sebrae-Marília, em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura no auditório do Sebrae,  localizado na Av. Brasil nº 412. Já de início me surpreendi com o público, cerca de 50 pessoas estavam presentes sendo a maioria de mulheres e com representação local e das cidades de Garça, Oriente e Pompéia.
Após as devidas apresentações e gentil acolhida dos organizadores teve início uma dinâmica bem produtiva que consistiu em levantar os “problemas” do segmento e, posteriormente, coletar sugestões do grupo que possam amenizar ou anular as situações desfavoráveis para um melhor desempenho empreendedor. Deixei a palavra problemas propositadamente entre aspas porque é ainda uma atividade que está se organizando, assim sendo, podem ser entraves de uma primeira hora.
Mas a parte melhor ficou por conta das apresentações, aquele momento mágico onde cada um pode dizer quem é e o que faz, necessariamente nesta ordem. Sim, nós seres humanos sentimos a necessidade de dizer quem somos, dizer o nome, e falaram como foi bom estar ali e sobre o que fazem. É foi neste clima que aconteceu o engajamento, o sentimento bom de pertencer, de somar, de integra-se a uma liga de pessoas que curtem e valorizam trabalhos manuais. Foi muito interessante notar a identificação coletiva sendo construída com as falas e curtos depoimentos.
Como observador e apoiador do evento, por conta de que o artesanato está intrinsecamente ligado ao turismo receptivo, tema que trabalho de algum tempo em meus escritos e palestras, eu aprendi uma série de novas terminologias, como por exemplo: biscuit, frivolité, costura criativa, mosaico, arranjos florais, filtro dos sonhos, saboaria artesanal e outras tantas habilidades manuais. Não somente eu, mas creio que todos os participantes ficaram surpresos com a diversidade artística ali presente.

Dinossauros são uma boa temática
O turismo e o artesanato têm isso de bom; é tudo alto astral, é bom humor, é a integração cultural e social na cumplicidade na arte e a vontade de sempre melhorar os processos. O pessoal da secretaria da Cultura explicou os caminhos para se obter a carteirinha de artesão expedida pela SUTACO e o que este documento representa para o artesão que pretende participar de exposições e mostras nos grandes centros.



Das sugestões a que mais se repetiu foi a necessidade comum de contarem com um espaço para expor e vender as produções. Porém, por ser uma atividade artesanal, que tem na inspiração a sua principal matéria prima, seguida da literal mão na massa, e preciso antes de tudo trilhar um caminho que alie a arte com a gestão para resultados.

Consultora do Sebrae falando sobre gestão
No final a equipe do Sebrae apresentou um plano de trabalho com duração de 10 meses, sendo um encontro mensal, que visa a melhor capacitação dos empreendedores e o repasse de técnicas de gestão que vão contribuir para um melhor resultado econômico na atividade artesanal.
Ficou agendado para o dia 27 de fevereiro um próximo encontro com o grupo. Na oportunidade, estarei lá como membro voluntário da Comissão de Registros Históricos e do Conselho Municipal de Turismo e vou falar sobre a história de Marília, nossos pioneiros, nossos valores culturais e os encantos naturais da cidade e da região. A ideia é que esta exposição possa contribuir para novas temáticas nos trabalhos manuais e buscarmos em conjunto uma maior contextualização cultural do artesanato local.  

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