Notamos hoje a presença dela novamente, lá no mesmo lugar de costume, no cantinho da cobertura metálica como se fosse um ornamento. A coruja da cara branca vai passar m bom tempo por aqui, é sempre assim, mas nunca notamos se ela, ou quem sabe ele, teria uma companhia.
Garça na espreita de boa pesca |
Siriema |
Notamos hoje a presença dela novamente, lá no mesmo lugar de costume, no cantinho da cobertura metálica como se fosse um ornamento. A coruja da cara branca vai passar m bom tempo por aqui, é sempre assim, mas nunca notamos se ela, ou quem sabe ele, teria uma companhia.
Aparece assim do nada, parece que migra para outra região
por um período longo de tempo e depois volta para o mesmo cantinho. Sabemos que
faz poucos dias que voltou porque no chão, no local onde caem as cácas da dona
coruja, tem pouca sujeira. Eu vi duas pelotas, sinal de que ela já encontrou
alguns ratinhos nos seus vôos e caçadas noturnas.
Não sabia bem o que eram aquelas bolas e fui pesquisar. Descobri
que depois de comer pequenos ratinhos ou outros animais que tenham couro, no
processo digestivo a carne e os ossos são absorvidos, já o couro é expelido em
forma de pelotas.
A coruja da cara branca completa bem a fauna que habita a
Fundação Eurípides – Univem – tem as Seriemas que se reproduzem bem por lá e
andam livres pelo estacionamento, tem os Teiús, alguns enormes e atrevidos a
ponto de ameaçar dar carrerão nos alunos, têm os Sabiás que sempre voltam aos
ninhos antigos para novas chocadas, os Quatis que se alimentam das frutas na área
dos fundos, as Capivaras que tomam banho na represa e ficam de olho miúdo pro
sol, a Garça branca, pescadora de Tilápias, teve a Jibóia que virou notícia na televisão
e nos jornais, os Quero-Quero que se sentem dono do pedaço e ao menor sinal de
invasão do território voam pra cima do inimigo com suas asas pontudas e ainda
uma quantidade infinita de pássaros, de cores e cantos variados.
Na verdade, o que atrai esta fauna rica e diversa é um
conjunto de fatores que trabalham aliados em prol do meio ambiente: a decisão
acertada de se reflorestar a área, isto lá por volta de 1998, quando a maior
parte do terreno era colonião e pasto. Foram plantadas mais de 3.000 mudas, de plantas
nativas e de outras espécies variadas que dão frutos o ano todo, goiabeiras,
pitangas, mangas, acerola, jambolão, pinha, calabura, bananeiras e paineiras,
entre outras; a preservação das nascentes e a canalização das águas de chuva,
formando um pequeno lago que ganhou alevinos e hoje fornece alimento para um
monte de bichos.
Ao descer o terreno a gente sente o vento no rosto que sopra
do vale, se é dia de chuva, o cheiro do Pau D´Alho enche as narinas, misturado
ao aroma doce da trepadeira vermelha que cobre o caramanchão. Lá no alto, um
canto trinado avisa que a área tem dono. É o gavião que mora no alto do
eucalipto seco, de onde tudo vê, saltando livre no espaço para dar voltas e rasantes
com as asas abertas quase que paradas.
Natureza livre em harmonia, paz de espírito e sintonia com Deus.
Ivan Evangelista Jr
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